Economistas consultados pelo Banco Central elevaram a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) para o ano que vem. A nova projeção é de 2,08%. Já na semana passada, os analistas estimavam 2%. Para este ano, o mercado manteve a estimativa de crescimento de 0,92%. Os dados estão no Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 11.
Com a estimativa, os analistas enxergam a economia com o melhor desempenho desde 2013, quando o indicador avançou 3%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país.
O relatório divulgado nesta segunda-feira também traz revisão na expectativa de inflação para esse ano. Segundo o Focus, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar o ano em 3,31%, na semana passada a estimativa era de 3,29%. A expectativa segue abaixo da meta central, de 4,25%. O intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%. Para 2020, o mercado financeiro manteve em 3,60% sua previsão. No próximo ano, a meta central de inflação é de 4%, tendo tolerância entre 2,5% e 5,5%.
Juros e câmbio
O mercado manteve a projeção para a taxa básica de juros, a Selic. a 4,5% ao ano ao fim de 2019 e 2020. No comunicado da redução da Selic de 5,5% para 5%, o Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que deve cortar a Selic em mais 0,5 ponto percentual em dezembro para estimular a retomada da economia, que continua com alto grau de ociosidade.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2019 permaneceu em 4 reais por dólar. Na sexta-feira, a moeda americana fechou acima deste valor, a 4,17 reais, em uma semana marcada pela frustração nos leilões do petróleo e a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para o fechamento de 2020, a previsão continuou estável em 4 reais por dólar.