Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Mantega confirma salário mínimo de 545 reais

Segundo ministro da Fazenda, o governo refez cálculos por causa da inflação

Por Luciana Marques e Benedito Sverberi
14 jan 2011, 18h26
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira que o governo já definiu quanto será o novo salário mínimo: 545 reais. O Planalto vai editar medida provisória que fixará, a partir de 1º de fevereiro, o valor. Assim, os trabalhadores ainda receberão 540 reais no próximo mês (referentes a janeiro), e 5 reais a mais a partir de março.

    Publicidade

    Segundo Mantega, a cifra cogitada anteriormente, de 540 reais, previa uma inflação, que, na verdade, mostrou-se superior à expectativa do governo. Explicou que, em novembro, o governo trabalhava com uma projeção da inflação para o mês seguinte. Em dezembro, quando houve a divulgação do índice oficial, este veio acima do esperado. Com isso, a equipe econômica refez as contas e decidiu elevar a quantia.

    Publicidade

    Os cálculos apontaram para 543 reais, mas o Planalto arredondou para 545 reais. Mantega declarou ainda que cada real adicional implicará um gasto de 280 milhões de reais a mais nas contas públicas.

    A MP também incluirá a Política Nacional do Salário Mínimo, para o período 2011-2015. A proposta consolida a fórmula de cálculo do mínimo de somar a inflação do ano anterior – o dado utilizado é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – e o PIB de dois anos antes. Assim, para o próximo ano, a previsão de Mantega aponta para um reajuste entre 13% e 14%.

    Publicidade

    “A medida provisória vai estabelecer a política nacional de salário mínimo, válida para os próximos quatro anos. É uma conquista dos trabalhadores, foi negociada ao longo de um período com sindicatos e parlamentares”, disse o ministro.

    Continua após a publicidade

    Uma proposta semelhante já foi encaminhada ao Congresso Nacional, mas nunca foi votada. Com a medida provisória, o governo forçará a apreciação da política do mínimo em um tempo mais curto. Uma MP entra em vigor a partir do momento em que é publicada no Diário Oficial da União (DOU). Para propô-la, o chefe do Executivo precisa, em tese, justificar a urgência e relevância daquela lei. Por isso, as MPs têm prioridade de votação no Congresso Nacional – elas paralisam a análise de outras matérias 45 dias após chegarem à Casa.

    Publicidade

    O governo precisa que os parlamentares ratifiquem a proposta. Nada impede, contudo, que deputados e senadores decidam por um outro valor, mas a presidente da República poderá vetá-lo.

    A discussão em torno do mínimo tornou-se a primeira polêmica do governo Dilma. E ganhou força quando parlamentares do PMDB – partido do vice, Michel Temer – demonstraram estar insatisfeitos com a distribuição de cargos de estatais e autarquias, o chamado segundo escalão. Eles ameaçaram defender um valor maior que o defendido pelo governo. A briga envolve cifras bilionárias. Muitos órgãos, antes considerados “feudos” do PMDB, acabaram nas mãos de petistas, elevando a temperatura entre os partidos aliados.

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.