A Viação Itapemirim solicitou a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a supressão e paralisação de atendimento de diversas linhas que opera. O pedido foi atendido pela agência, segundo portaria publicada na quarta-feira, 29, no Diário Oficial da União. A suspensão dos serviços começa a valer em 27 de janeiro de 2022. Vale lembrar que o grupo afirmou que a empresa rodoviária seria utilizada como plano de contingência para a reacomodação de passageiros afetados pela suspensão de voos da ITA, empresa de transporte aéreo da Itapemirim que suspendeu todos os voos no último dia 17.
Houve a concessão de suspensão de rotas da Itapemirim e Viação Caiçara (Kaissara), marca que não está mais sendo usada pelo grupo, mas na agência federal consta em situação ativa. Ao todo, são 61 linhas e 73 cidades afetadas.
Na relação da suspensão dos serviços, há linhas consideradas importantes como Belo Horizonte (MG) – Recife (PE), Brasília (DF) – Maceió (AL), Recife (PE) – São Paulo (SP), Recife (PE) – Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) – João Pessoa (PB), entre outros. Até a publicação desta reportagem, nem a Itapemirim nem a ANTT haviam confirmado quantas linhas, no total serão afetadas.
Procurado, o grupo Itapemirim disse em nota que “apresentou recentemente um plano de reestruturação logístico e operacional, com o objetivo de reduzir custos e maximizar os resultados financeiros em suas rotas de longa distância. Adicionalmente, informamos que as operações rodoviárias do Grupo Itapemirim seguem de forma normal, com cobertura em mais de 2.700 destinos no Brasil e com o mesmo nível de segurança, serviço e eficiência operacional característicos da Viação Itapemirim”. A companhia não respondeu, entretanto, sobre a suspensão das rotas a partir de janeiro.
Crise aérea
Além da companhia de ônibus, o grupo Itapemirim é dono da companhia aérea ITA, que no último dia 17 suspendeu seus voos, deixando milhares de consumidores sem o transporte aéreo. A companhia fechou um acordo com o Procon-SP para reembolsar os consumidores de São Paulo. Segundo o Radar Econômico, a companhia estima voltar a operar em 70 dias. “Vamos voltar a trabalhar com toda a estrutura, com mais consistência em termos de rotas, sem fazer conexões”, disse a coluna.