O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel, desacelerou a 0,45% em maio, porcentual inferior ao apresentado em abril (0,92%), divulgou nesta quinta-feira, 30, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o IGP-M acumula taxa de inflação de 3,56% em 2019 e de 7,64% nos últimos 12 meses.
A queda do índice de abril para maio foi provocada pelos preços no atacado, no varejo e na construção civil. A inflação do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que acompanha o atacado, caiu de 1,07% em abril para 0,54% em maio. O Índice de Preços ao Consumidor, que acompanha o varejo, caiu de 0,69% em abril para 0,35% em maio. Já o Índice Nacional de Custo da Construção recuou de 0,49% para 0,09% no período.
Por estágios de produção, contribuíram para o alívio no índice os Bens Finais, que registraram ligeira alta de 0,01% este mês, de 1,25% em abril. A principal influência para essa desaceleração partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de elevação de 0,97% para recuo de 7,77%, no mesmo período.
Na mesma direção, as Matérias-Primas Brutas arrefeceram de 1,57% para 0,67%, com os destaque de soja em grão (-0,34% para -3,42%) laranja (-4,33% para -15,31%) e mandioca (0,67% para -6,07%). Em sentido oposto, destacam-se os itens cana-de-açúcar (1,31% para 4,27%), minério de ferro (5,54% para 6,38%) e arroz em casca (-0,33% para 6,70%).
Já os Bens Intermediários avançaram entre abril e maio, de 0,47% para 0,95%. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo porcentual passou de 0,95% para 4,41%.
Os itens que mais contribuíram individualmente para a desaceleração do IPA em maio foram milho em grão (-4,92% para -7 80%), feijão em grão (-12,36% para -14,32%) e tomate (36,35% para -27,56%), além de soja em grão e laranja.
Já as principais influências individuais de alta no IPA foram óleo diesel (0,19% para 5,92%), gasolina automotiva (apesar do alívio de 9,59% para 7,16%) e aves (mesmo com a desaceleração de 6,23% para 2,89%), além de minério de ferro e cana-de-açúcar.
(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)