Por Silvio Cascione
SÃO PAULO (Reuters) – A Bovespa seguiu o mau humor externo e fechou em baixa nesta terça-feira, com os investidores ainda atentos ao impasse nos Estados Unidos, que precisam ampliar o teto da dívida até a próxima semana para evitar um default.
O Ibovespa encerrou o dia a 59.339 pontos, com baixa de 1,05 por cento. O volume financeiro do pregão ficou em 5,78 bilhões de reais.
No front externo, as bolsas norte-americanas também cederam. O índice Dow Jones, por exemplo, perdeu 0,73 por cento, a 12.501 pontos.
“Está chegando a data limite sem nenhuma solução conciliatória”, alertou Alvaro Bandeira, diretor da corretora Ativa. “Os mercados no mundo inteiro caíram hoje.”
Ele destacou o fraco desempenho das ações do setor financeiro, diante da perspectiva de volatilidade nos mercados internacionais. Banco do Brasil caiu 2,04 por cento, a 25,94 reais, e Itaú Unibanco, que foi rebaixado de “compra” para “neutro” pelo Credit Suisse, teve baixa de 1,77 por cento, a 31,58 reais.
A maior queda do índice foi da petrolífera OGX, com variação de 4,38 por cento, a 13,10 reais. De acordo com Bandeira, a queda foi mais intensa por causa da busca dos investidores por papéis da Petrobras após a aprovação do plano de investimento da estatal.
A ação preferencial de Petrobras teve alta de 0,68 por cento, a 23,66 reais.
O papel PN de Vale teve queda de 0,19 por cento, a 46,16 reais.
A ação da Telefônica subiu 1,85 por cento, cotada a 46,85 reais, com expectativas de bons resultados no primeiro balanço integrado com a Vivo –que serão divulgados na quarta-feira– e de possíveis sinergias entre as companhias no segundo semestre, notou Rosângela Ribeiro, analista da SLW.
Fora do índice, as ações da Abril Educação estrearam com forte queda, 7,50 por cento, a 18,50 reais.
(Reportagem adicional de Sérgio Spagnuolo; Edição de Aluísio Alves)