O Ibovespa, principal índice da B3, ganhou novo impulso nesta quarta-feira, 2, repercutindo a elevação da nota de crédito do Brasil dada pela agência de classificação de risco Moody’s. A bolsa brasileira se destaca em meio a uma queda generalizada nas principais bolsas globais com maior aversão ao risco no cenário devido a escalada do conflito no Oriente Médio. O dólar é negociado com leve alta, mas próximo da estabilidade, cotado a R$ 5,43. A alta do petróleo que sustentou a alta do índice ontem, segue sendo o grande norteador dos negócios hoje, com os contratos do petróleo subindo mais de 2%.
A agência de classificação de risco Moody’s elevou a nota de crédito do Brasil de Ba2 para Ba1, colocando o país a um passo de recuperar o grau de investimento — uma classificação que indica maior segurança e capacidade de pagamento da dívida. Essa revisão positiva reflete a melhora na percepção de risco do Brasil, o que já começa a influenciar o comportamento do mercado de câmbio. Com a redução da percepção de risco, investidores estrangeiros tendem a aumentar suas apostas no país, o que pode ajudar a aliviar a pressão sobre o dólar.
Além disso, o afrouxamento da política monetária nos Estados Unidos eleva o diferencial de juros entre as economias, tornando os ativos brasileiros mais atrativos, o que pode contribuir para a desvalorização da moeda americana em relação ao real. Outro fator relevante é o impacto dos estímulos à economia chinesa, que diminuem a aversão global ao risco e beneficiam países exportadores de commodities, como o Brasil, ampliando o potencial de valorização da moeda local.
A valorização do petróleo beneficia as ação de empresas petroleiras, como a Petrobras, que tem sido o grande norteador dos ganhos do índice.