O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira, 8, uma revisão no resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2017. Segundo o instituto, a economia do país avançou 1,3% no período. O dado divulgado anteriormente apontava um crescimento da economia brasileira de 1,1% naquele ano.
O ano de 2017 foi o primeiro com expansão após a recessão em 2015 (-3,5%) e 2016 (-3,3%). Desde então, o PIB tem mantido o mesmo ritmo de fraco crescimento. Em 2018, o país cresceu 1,1% e, em 2019, a expectativa de analistas do mercado financeiro é que a expansão seja de 0,92% no período.
Em termos nominais, o PIB, que mede a produção de bens e serviços no país em um determinado período, alcançou 6,583 trilhões em 2017. O PIB per capita ficou em 31.833,50 uma alta de 0,5%, levando seu patamar a ficar próximo, em termos reais, ao observado em 2010. O crescimento do PIB em 2017 foi resultado de um aumento de 1,3% do Valor Adicionado Bruto – VAB e de 1,8% dos Impostos sobre produtos, líquidos de subsídios.
As revisões do PIB anual são feitas nos dois anos seguintes à primeira publicação. No início de dezembro, o IBGE divulgará o PIB do terceiro trimestre de 2019 e poderá também revisar os dados referentes a 2018 e ao primeiro semestre deste ano.
A Agropecuária, com crescimento de 14,2% no ano, respondeu por 0,8 ponto porcentual dos 1,3% de crescimento do VAB. O setor de Serviços contribuiu com 0,6 ponto percentual, enquanto a Industria teve contribuição negativa de – 0,1 ponto percentual.
Os principais produtos responsáveis pelo aumento da produção da atividade Agropecuária foram o milho e a soja, com crescimento em volume de 57,0% e 19,6%, respectivamente. As exportações de produtos agrícolas e de seus derivados foram as principais responsáveis pelo aumento da produção, tendo crescido 37,6% no caso do milho, 32,1% no caso da soja e 23,4% para o conjunto dos produtos agropecuários.
A Indústria teve sua quarta queda anual consecutiva (-0,5%). No entanto, dos grupos de atividades que compõem a Indústria, as Indústrias extrativas, Indústrias de transformação e Eletricidade e gás apresentaram crescimento em 2017, sendo a queda do conjunto da Indústria explicada unicamente pelo recuo de 9,2% na atividade.
A Indústria de Transformação cresceu 2,3% no ano, interrompendo uma série de três anos consecutivos de queda. As atividades que mais contribuíram para esse crescimento da Indústria de transformação foram a Fabricação de equipamentos de informática e a Fabricação de automóveis que registraram elevação em volume de 23,3% e 18,5%, respectivamente. Apesar do crescimento observado no ano de 2017, em termos de volume do Valor Adicionado Bruto, a Indústria de transformação ainda se encontrava num nível 15,0% abaixo do seu patamar máximo, observado no ano de 2013.
Os Serviços, por sua vez, cresceram 0,8%. Dentro desse grupo de atividades, a maior contribuição para o crescimento foi o comércio que, após dois anos seguidos de quedas, registrou crescimento de 2,3% e contribuiu com 0,3 ponto percentual para o crescimento de 1,3% do Valor Adicionado Bruto da economia. O aumento do consumo das famílias de produtos como telefones celulares (+13,0%), aparelhos de TV, rádio e som (+17,7%), eletrodomésticos (+10,6%) e computadores e periféricos (+15,8%) em relação aos níveis deprimidos de 2016 tiveram contribuição relevante no desempenho do Comércio.