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Greve geral e protestos contra ajuste em Portugal

Portugal vivia nesta quinta-feira uma greve geral e manifestações convocadas pelo principal sindicato, que esperava uma forte mobilização contra as medidas de austeridade do Governo, denunciadas como agravantes da recessão e do desemprego. Em Lisboa, o metrô estava parado e a atividade nos principais portos do país perturbada à espera das manifestações convocadas na capital […]

Por Por André Birukoff
22 mar 2012, 10h00
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  • Portugal vivia nesta quinta-feira uma greve geral e manifestações convocadas pelo principal sindicato, que esperava uma forte mobilização contra as medidas de austeridade do Governo, denunciadas como agravantes da recessão e do desemprego.

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    Em Lisboa, o metrô estava parado e a atividade nos principais portos do país perturbada à espera das manifestações convocadas na capital e em outras cidades para a tarde desta quinta-feira.

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    Palavras como “Manifestação”, “Greve geral”, “Basta!” eram lidas nos cartazes presos em Lisboa nos últimos dias por militantes da CGTP, a principal central sindical portuguesa, que convocou esta greve sozinha.

    No entanto, os transportes aéreos não foram afetados pela greve, embora escolas, hospitais, tribunais, administrações, correios, bibliotecas, museus e coleta de lixo funcionassem parcialmente.

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    “O metrô está fechado pela greve. Perdoem o incômodo”, dizia um cartaz preso em um portão de acesso ao metrô de Lisboa.

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    “Nosso balanço até agora é positivo. Há uma forte adesão no setor dos transportes públicos, nas empresas de coleta de lixo e uma forte participação no setor de saúde”, disse Armenio Carlos, líder da CGTP, que conta com cerca de 600 mil afiliados.

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    No fim da manhã, a capital, onde os trens e ônibus proporcionavam serviços mínimos, parecia pouco perturbada, já que a maioria dos comércios, cafés, supermercados, bancos e farmácias abriu.

    “A greve não serve para nada e prejudica o país”, disse Pedro, um garçom de 30 anos que disse que o número de clientes não diminuiu.

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    A CGTP se lançou sozinha nesta batalha, sem o apoio da outra grande central sindical, a UGT, que a havia apoiado nas duas greves gerais anteriores, de novembro de 2010 e novembro de 2011.

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    Os dois sindicatos estão divididos quanto à reforma trabalhista promovida pelo governo, aceita pela UGT, mas que a CGTP rejeitou, ao classificá-la de “regresso ao feudalismo” e que prevê uma flexibilização da jornada de trabalho, facilitação das demissões, supressão de feriados e redução de dias de férias.

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    Depois de Grécia e Irlanda, Portugal é o terceiro país da Eurozona que precisou de assistência financeira para evitar a quebra. Em maio do ano passado, a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) concederam um pacote de créditos de 78 bilhões de euros em troca de reformas draconianas para reduzir a dívida do Estado.

    Muitos analistas duvidam que a CGTP possa vencer esta batalha. “Estatisticamente, a adesão às greves em tempo de crise é reduzida, já que as pessoas sabem que não servirão para nada”, disse o cientista político Antonio Costa Pinto, que lembrou que os protestos não tiveram nunca em Portugal o mesmo seguimento que em outros países, em particular a Grécia.

    As medidas de austeridade do governo provocaram uma desaceleração da economia portuguesa, que, segundo previsões oficiais, se contrairá mais de 3%, enquanto o desemprego subirá a 14,5%.

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    Estas previsões alimentaram os temores de que Portugal possa necessitar de um segundo pacote de ajuda, já que não está claro se o país poderá regressar ao mercado da dívida privado em setembro de 2013.

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