Centrais sindicais e movimentos sociais convocaram greves e protestos para esta sexta-feira em todo o país. O objetivo das paralisações é protestar contra as reformas da Previdência e trabalhista enviadas pelo governo Temer ao Congresso.
Segundo balanço das centrais sindicais, haverá greves em todos os Estados do país e protestos em 24 capitais. Em São Paulo, cerca de 30 categorias aderiram à paralisação, entre motoristas, metroviários, ferroviários, bancários, aeroviários, professores municipais, estaduais e particulares, entre outros.
O governo de São Paulo, Metrô, CPTM e Prefeitura de São Paulo conseguiram liminares na Justiça obrigando sindicatos de metroviários, ferroviários e de motoristas a manter um percentual mínimo de funcionários em atividade.
Mesmo assim, os sindicatos de representação dessas categorias informam que mantêm a greve programa para esta sexta-feira. Segundo as entidades, a paralisação será total. Na greve realizada em março, o Metrô não chegou a parar totalmente – algumas estações ficaram fechadas o dia todo.
A paralisação desta sexta-feira serve como termômetro para o governo Temer sentir a capacidade de mobilização do Congresso para votar a reforma da Previdência. Para aprovar a matéria são necessários, no mínimo, 308 votos.
O temor é que as paralisações influenciem o voto dos parlamentares às vésperas de um ano eleitoral. Para esvaziar a greve, algumas prefeituras estão incentivando os funcionários a usarem aplicativos para chegar ao trabalho. Esse é o caso do prefeito João Doria, que fez parcerias com a Uber e 99.
Além da greve, protestos devem elevar o coro de protestos contra o governo Temer. Em São Paulo, a manifestação está marcada para começar às 17h no Largo da Batata, zona oeste de São Paulo. De lá, os manifestantes seguem para a casa do presidente Michel Temer, localizada em Alto de Pinheiros.
A votação do parecer da reforma da Previdência está marcada para quarta-feira em comissão especial da Câmara. A reforma trabalhista passou ontem na Câmara com 296 votos. O projeto segue agora para o Senado, onde deve enfrentar resistência para ser aprovado.