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Grécia e recuo da produção industrial derrubam DIs

Por Márcio Rodrigues São Paulo – O recrudescimento das tensões na Europa, após o primeiro-ministro grego, George Papandreou, propor um referendo para saber se a população concorda com o plano de socorro acordado na semana passada, foi motivo para devolução de prêmios na curva a termo de juros futuros durante boa parte do dia. No […]

Por Da Redação
1 nov 2011, 15h51
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  • Por Márcio Rodrigues

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    São Paulo – O recrudescimento das tensões na Europa, após o primeiro-ministro grego, George Papandreou, propor um referendo para saber se a população concorda com o plano de socorro acordado na semana passada, foi motivo para devolução de prêmios na curva a termo de juros futuros durante boa parte do dia. No meio da tarde, porém, a informação de um parlamentar de que a convocação do referendo na Grécia estaria “basicamente morta” fez as taxas retomarem, momentaneamente, o patamar de ajuste, mas foi insuficiente para apagar o sinal de baixa. Até mesmo porque a queda de 2% da produção industrial em setembro ante agosto limitou uma reação mais expressiva, além de reacender as discussões sobre a intensidade da queda de juros no próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), assim como sobre um possível prolongamento dos cortes em 2012.

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    Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013, com giro de 452.490 contratos, cedia a 10,27%, de 10,29% no ajuste e 10,19% na mínima, enquanto o DI janeiro de 2014 (139.490 contratos) estava em 10,58%, de 10,60% na véspera e 10,50% na mínima. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (36.665 contratos) indicava 11,14%, nivelado ao ajuste, e o DI janeiro de 2021 (855 contratos) marcava 11,18%, de 11,19% no ajuste.

    A breve recuperação das taxas e dos mercados teve início por volta das 15h30, quando saiu a notícia, dada por um parlamentar do partido de Papandreou, sobre o provável sepultamento da ideia do primeiro-ministro. Até então, o ritmo do mercado foi ditado pelo pessimismo e pelas dúvidas sobre qual seria o destino da zona do euro caso os gregos dissessem não ao pacote de ajuda. O ministro de relações exteriores da Finlândia, Alexander Stubb, chegou a dizer que, na prática, o referendo seria para ver se a Grécia continua mesmo na zona do euro.

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    Independentemente dessas informações, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da França, Nicolas Sarkozy, já haviam informado que tentariam amanhã, em Cannes, na França, antes da reunião do G-20, “tomar todas as medidas necessárias para a implementação do acordo fechado em Bruxelas em 27 de outubro o mais rapidamente possível”, em um encontro com Papandreou.

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    Internamente, o mercado de juros local encontrou outras forças para contrabalançar o cenário externo. O setor automotivo provocou um resultado fraco na produção industrial de setembro, que cedeu 2% e ficou abaixo da mediana negativa de 1,30% encontrada pelo AE Projeções. A produção de bens de capital da indústria brasileira desabou 5,5% em setembro ante agosto. Para o economista-chefe da Prosper Corretora, Eduardo Velho, “se o ritmo de desaceleração da economia doméstica e/ou mundial prosseguir em nível superior ao estimado pelo BC”, não se pode descartar a aceleração no ritmo de queda dos juros na próxima reunião.

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    “Em suma, existe potencial de queda da Selic de 0,75 ou mesmo de 1 ponto porcentual em novembro, mas, por enquanto, na ‘histeria do nervosismo’ do mercado, mantenho o cenário referencial de redução de 0,50 ponto porcentual”, disse em relatório.

    Outras informações jogaram a favor da devolução de prêmios. A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou a alta na última semana de outubro para 0,26%, ante 0,50% na quadrissemana finalizada em 30 de setembro. Além disso, fontes citaram que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou hoje um projeto que inclui nas competências do Banco Central “estimular o crescimento e a geração de empregos”.

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