O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, apresenta na manhã deste domingo a pauta de reivindicações dos caminhoneiros ao presidente Michel Temer. A negociação foi articulada com o governador de São Paulo, Márcio França, com o objetivo de suspender a paralisação, que entrou no sétimo dia neste domingo.
Os pleitos dos trabalhadores que estão sendo avaliados pelo governo federal são: a suspensão da cobrança de tarifa de pedágio para o terceiro eixo elevado dos caminhões, garantia de que a redução de 10% no preço do diesel chegue às bombas nos postos de combustível e aumento do prazo de 30 para 60 dias no congelamento do desconto de 10% do preço do diesel.
Neste sábado, o governo paulista já tinha anunciado a suspensão da cobrança de tarifa do eixo suspenso em todas as praças de pedágio, a partir de terça-feira; anulação das multas aplicadas aos caminhoneiros em razão das manifestações; a fiscalização da aplicação nas bombas do desconto no preço final do combustível, conforme fixado pelo governo federal; a participação de mais um representante dos profissionais autônomos na Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp); e a criação de um grupo de trabalho com o objetivo de fixar um preço diferenciado na cobrança do IPVA no ano que vem para profissionais autônomos do setor. As propostas do governo de São Paulo, de acordo com anúncio do governador, serão colocadas em prática a partir da “efetiva desmobilização e o retorno a normalidade”.
Além da reunião com o governador paulista, 11 profissionais autônomos também se encontraram na noite de ontem com o ministro Marun e apresentaram a pauta de reivindicações. O ministro levou os pedidos ao presidente da República e nova reunião com a categoria está marcada para as 15h deste domingo.
Articulada pela seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), a nova rodada de negociações deixou de lado as entidades representantes da classe, já que a base considera que elas não os representam.
“Os representantes dos caminhoneiros vão se reunir com a base e à tarde teremos uma nova reunião. É importante destacar que, mesmo com a aceitação pelos profissionais autônomos as propostas, isso não encerra as discussões. Temos um problema sério em relação aos custos do frete e isso ainda precisa ser resolvido”, diz o presidente da OAB-SP, Marcos da Costa.