Não é novidade para ninguém que as chamadas fintechs, startups do universo financeiro, têm adquirido bastante popularidade. Empresas como NuBank e PicPay são exemplos de fintechs que recentemente obtiveram significativo sucesso.
Esse êxito se deve, em grande parte, à agilidade oferecida por esse tipo de empresa em relação aos bancos comuns. Outro benefício é a redução dos custos e taxas que instituições financeiras tradicionais impõem.
Uma nova fintech, chamada bankme, trouxe uma grande novidade ao mercado: a possibilidade de que empresas tenham seus próprios bancos. A ideia é permitir que médios e grandes empresários possam aplicar seu capital em negócios com risco reduzido.
Em tempos nos quais o país registra taxas de juros historicamente baixas, iniciativas como a bankme podem ser especialmente atraentes. Isso porque, além do corte nas taxas, elas possibilitam a antecipação de recebíveis e a realização de empréstimos e financiamentos.
Vale destacar que os serviços de fintechs do tipo estão disponíveis apenas para alguns grupos: empresas com faturamento acima de 5 milhões, que pagam seus fornecedores a prazos e têm sócios e/ou empresa capitalizados.
A abertura de startups como a bankme foi regulamentada com a promulgação da Lei Complementar 167, de 2019. Ao criar as Empresas Simples de Crédito (ESCs), como as que a bankme gerencia, a norma procura resolver questões como “por que um cidadão não pode emprestar para outra pessoa de forma mais institucionalizada” e “por que um cidadão não pode cobrar taxas de juros em suas operações de crédito sem as limitações da Lei da Usura?”.
Assim, o principal objetivo de fintechs dessa categoria é ampliar as possibilidades de crédito do país, incentivando a atividade empresarial e o empreendedorismo. Enquanto a bankme foi a primeira startup do tipo no Brasil, é de se esperar que cada vez mais empresas sigam o exemplo e ampliem o número dos chamados minibancos, particulares de cada empresa, no país.