As farmacêuticas brasileiras ultrapassaram as multinacionais em faturamento, com 15,79 bilhões de reais no primeiro semestre, o que representa 50,8% do mercado. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira pelo jornal Folha de S. Paulo, com base em dados da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac) e da IMS Health. O faturamento das farmacêuticas brasileiras no ano passado foi de 13,38 bilhões de reais, 48,7% do mercado.
O crescimento das farmacêuticas brasileiras foi impulsionado pela Lei dos Genéricos, do final da década de 1990. De acordo com o jornal, as empresas entraram em programas de financiamento público, modernizaram suas instalações, elevaram sua capacidade de produção e se transformaram em fortes competidores no mercado de genéricos.
Atualmente, as farmacêuticas nacionais continuam concentradas no mercado de cópias, responsáveis por 70% das vendas de genéricos no país. Mas elas vêm conquistando cada vez mais espaço no mercado de medicamentos originais, com 18% das vendas.
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Nos últimos dez anos, empresas como EMS e Hypermarcas superaram a norte-americana Pfizer e a francesa Aventis no mercado brasileiro. A União Química fechou acordo para produzir medicamentos da suíça Novartis, enquanto a norte-americana Bristol-Myers Squibb encerrou as atividades em uma fábrica no país. Ainda assim, o presidente executivo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Antônio Brito, garante que as farmacêuticas multinacionais avançaram no mercado de genéricos. A francesa Sanofi comprou a Medley em 2009. Já a Pfizer adquiriu o laboratório Teuto em 2013.
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