Os motoristas que prestam serviço no Uber são pagos por transportar passageiros, mas alguns deles na China estão ganhando dinheiro por assustar seus possíveis clientes. É que quando alguém confirma um pedido de viagem pelo aplicativo, recebe o perfil de quem vai atendê-lo na tela, com dados como nome, telefone e foto. Só que alguns motoristas, em pelo menos oito cidades, incluindo Pequim e Xangai, têm colocado imagens de rostos macabros – como fantasmas e zumbis. Caso o cliente se assuste e desista da viagem, o motorista recebe uma pequena taxa pelo cancelamento. Assim, o prestador de serviço ganha sem precisar fazer nada.
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Mesmo se o passageiro for corajoso e aceitar embarcar, os motoristas-fantasma aplicam outro tipo de golpe. Iniciam o registro da viagem no aplicativo antes de pegar o cliente, rodam por poucos minutos e cancelam-na. E não atendem o telefone se alguém ligar. Assim, embolsam cerca de 1 a 2 dólares (3,25 a 6,50 reais) caso a vítima da fraude não peça o reembolso. O Uber diz que está analisando as ocorrências, punindo os motoristas responsáveis, e orienta os passageiros que forem alvo desse tipo de golpe a reportarem o problema à companhia.
Esse não é o primeiro caso de fraude envolvendo motoristas da empresa na China. Em junho, o jornal Financial Times relatou que alguns prestadores do serviço usavam perfis de passageiros falsos – operados por outro golpista – para aumentar seu número de viagens. Com isso, ganhavam um dinheiro que a companhia oferecia como incentivo por cumprimento de metas. Em abril, o Uber lançou na China um sistema de reconhecimento facial para garantir que a foto apresentada correspondesse à pessoa que criou o perfil. Pelo visto, esse sistema ainda precisa ser aprimorado.