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Fala de Campos Neto ameniza projeções de alta mais forte da Selic

Mesmo com aceleração da inflação, mercado manteve projeção de alta de 1 ponto na próxima reunião do Copom após declaração do BC

Por Luisa Purchio Atualizado em 14 set 2021, 18h18 - Publicado em 14 set 2021, 17h05
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  • Há uma semana da reunião do Copom que definirá mais uma alta da Selic, o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, deu uma rara declaração prévia a uma decisão de política monetária. Em evento realizado pelo BTG Pactual, em uma mesa sobre cenário macroeconômico e política monetária no Brasil, Campos Neto afirmou que a instituição vai definir a Selic para o patamar necessário para cumprir a meta de inflação, porém, isso não significa reagir à cada mudança drástica refletida em dados econômicos.

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    “A gente tem um instrumento que vai ser usado na forma que precisa ser usado. Nós entendemos que podemos levar a Selic até onde precisa para ter convergência da meta [de inflação]. Isso não significa que o Banco Central vai reagir a cada dado de alta frequência”, disse Campos Neto nesta quarta-feira, 14. As projeções inflacionárias vêm crescendo a cada semana nas estimativas do mercado, devido à pressão sobre o câmbio, altos preços da energia elétrica, combustíveis e alimentos. O último Boletim Focus, publicado pelo BC na segunda-feira, 13, apontou que o mercado elevou a previsão da inflação para cima pela 23ª vez consecutiva, para 8% até o final de 2021, meio ponto percentual acima da semana passada.

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    Na semana passada, a curva de juros longa do país, precificada pelo mercado, disparou com o risco político e as manifestações do dia 7 de setembro, dando apenas uma leve recuada nos últimos dias. Com isso, parte do mercado passou a rever a projeção de alta de 1 ponto percentual (p.p.) ao ano (ao ano) da Selic na próxima reunião do Copom para 1,25% p.p. ou até 1,5% p.p. ao ano. A fala do presidente do Banco Central, no entanto, acalmou os ânimos.

    A Guide Investimentos, por exemplo, que estima uma alta de 1 ponto percentual na próxima reunião, estava planejando rever o aumento, porém, mudou de ideia após o pronunciamento de Campos Neto. “Ele passou para o mercado que está confortável com o ritmo atual e está mais preocupado com a velocidade de se alcançar o fim do ciclo de alta da Selic, e não está com pressa para chegar lá. Ele mostrou que trajetória a qual ele pretende atingir o objetivo de combater a inflação é mais paciente e menos galopante, que é o que o mercado temia nos últimos dias”, disse João Mauricio Rosal, economista-chefe da Guide Investimentos.

    Rosal lembra, porém, que novos indicadores podem se acumular até a próxima reunião, o que pode levar o BC a rever a sua estratégia. A fala de Campos Neto também levou o mercado a confirmar a projeção de fim do ciclo de alta da Selic para o início do que vem – cerca de dois meses atrás, antes do acirramento do risco político e fiscal, havia uma expectativa de que a alta da Selic pararia em 7,5% ao ano até o final de 2021. Nas projeções da Guide, a Selic alcançará 9,5% em fevereiro do ano que vem.

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