O Produto Interno Bruto (PIB) da Espanha caiu 0,3% no primeiro trimestre do ano na comparação com os últimos três meses de 2011, quando registrou um retrocesso similar, o que confirma que o país voltou a entrar em recessão, de acordo com os resultados definitivos divulgados nesta quinta-feira.
Os números são idênticos aos dados provisórios de 30 de abril e demonstram a difícil situação econômica da Espanha, país com um índice de desemprego de 24,44%.
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“A recessão está avançando num ritmo gradual, mas levando em conta a última pesquisa empresarial, aparentemente a contração na atividade econômica irá se alongar nos próximos trimestres”, disse o economista do Unicredit, Tullia Bucco.
O setor manufatureiro da Espanha encolheu no ritmo mais rápido em quase três anos em abril, enquanto a indústria de serviços contraiu pelo décimo mês seguido, de acordo com os índices de gerentes de compras do Markit.
A expansão do setor de exportações, a única área da economia espanhola que cresceu nos últimos dois trimestres, desacelerou no primeiro trimestre, ao passo que os principais parceiros comerciais na Europa viram suas próprias economias contraírem.
Madri está lutando para persuadir investidores, que têm vendido a dívida do país em massa, de que pode controlar suas finanças públicas com amplos cortes de gastos, mas temores de que a reforma do setor bancário será cara continuam.
Economistas dizem que os números de crescimento espanhol vieram em linha com as expectativas, mas notaram que eles estavam revisando previsões na medida em que as incertezas aumentam sobre a região.
Em um comunicado, o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) explica que a demanda nacional (como o consumo residencial e os gastos públicos) teve um efeito negativo sobre o crescimento, no momento em que a Espanha adota severas medidas de austeridade.
A demanda externa (exportações e turismo), que permitia ao país permanecer fora da recessão, não teve o efeito esperado em um contexto de desaceleração econômica geral.
Captação – Nesta quinta-feira, o Tesouro espanhol captou 2,494 bilhões de euros em uma emissão de títulos da dívida a três e quatro anos, com juros em alta.
(Com agência France-Presse)
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