A Espanha irá apresentar até o final de setembro um novo pacote de reformas estruturais, com base em recomendações da União Europeia, incluindo um cronograma detalhado, afirmou nesta sexta-feira o ministro da Economia, Luis de Guindos. O novo programa de reforma será divulgado junto com o orçamento de 2013 em 28 de setembro, dia em que o governo espanhol também publicará os resultados de um teste de estresse final sobre o setor bancário do país.
A Espanha tornou-se o novo ponto focal da crise da dívida da zona do euro, agora em seu terceiro ano, e analistas e fontes acreditam que é apenas uma questão de tempo para que o país busque ajuda externa para financiar suas dívidas. “Vamos adotar um novo programa de reformas para impulsionar o crescimento…Ele será em linha com as recomendações da Comissão Europeia”, disse De Guindos a repórteres após reunião dos ministros das Finanças do euro em Nicósia. Um cronograma detalhado sobre as reformas será fornecido.
De Guindos também disse que as novas reformas “não são absolutamente” ligadas às condições de um programa de compra de títulos dos fundos de resgate da zona do euro e do Banco Central Europeu (BCE). Fontes europeias disseram à Reuters que a Espanha estava usando a mesma série de recomendações como base para negociações sobre as condições ligadas a tal programa.
As fontes também afirmaram que nenhuma condição adicional será imposta à Espanha, mas um cronograma claro e o monitoramento de credores internacionais serão necessários para se qualificar para o programa, o que significa que Madri estará em uma posição de avançar com um potencial pedido de ajuda depois que as novas reformas forem apresentadas.
Jean-Claude Juncker, que presidente reuniões mensais de ministros de Finanças da zona do euro, disse que as novas reformas vão ajudar a Espanha a cumprir as metas fiscais definidas junto à UE para este ano e o próximo. “O ministro espanhol reiterou o compromisso total das autoridades espanholas em cumprir suas metas orçamentárias como exigido pela autorização de procedimento de déficit excessivo, incluindo através de medidas adicionais se necessário”, disse Juncker.
(Com Reuters)