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Empresários mostram confiança que IPI menor continua

Representantes de setores agraciados com o benefício fiscal pedem renovação ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que, contudo, não fez promessas

Por Da Redação
28 ago 2012, 20h59
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  • Depois de uma reunião com o ministro Guido Mantega, nesta terça-feira, empresários de setores contemplados pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) demonstraram confiança em uma possível prorrogação do benefício fiscal. Eles expuseram ao titular da pasta da Fazenda – que não fez promessa de postergar o benefício – dados que demonstram o impacto da ação e defenderam a continuidade da isenção para contribuir com a retomada da atividade econômica. Segundo os executivos, o ministro ouviu os pleitos, pediu esclarecimentos e demonstrou a todos confiança na economia.

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    Em Brasília, Mantega recebeu ao final da tarde empresários e representantes da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) e Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).

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    Aposta na renovação – O presidente da Abinee, Humberto Barbato, saiu confiante que o governo fará a renovação da redução do IPI para a linha branca de eletrodomésticos – segmento que abrange itens como geladeira, freezer, fogão e máquina de lavar. Ele destacou que, apesar de o ministro não ter prometido postergar o benefício, o setor mostrou a importância da redução para o aumento de vendas e do emprego.

    Barbato disse que a indústria demonstrou ao ministro, com números, que houve repasse do incentivo tributário aos preços. O executivo acredita que a perspectiva de nova queda de juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) nesta quarta-feira possibilitará que novos consumidores comprem, estimulando o crescimento da economia.

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    O presidente da Abinee destacou que houve aumento das vendas no segmento de 8,5% no primeiro semestre na comparação com igual período do ano passado, enquanto o setor eletroeletrônico, como um todo, teve queda de 10% no período. “Imagina se não tivéssemos desoneração. A queda do setor todo teria sido maior”, afirmou.

    Segundo Barbato, a redução do IPI foi muito importante para o aumento do nível de produção da linha branca, o que não ocorreu com outros eletroeletrônicos que não foram beneficiados com o incentivo. Ele disse que o segmento, durante esse período de redução do IPI, teve um aumento de 1.500 empregos.

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    Divergência – Também o presidente da Eletros, Lourival Kiçula, relatou que o setor conseguiu mostrar ao ministro da Fazenda a importância da renovação do benefício para a manutenção dos empregos e das vendas. Ele, no entanto, destoou e mostrou-se menos otimista. Quando questionado por jornalistas sobre se o ministro mostrou predisposição em prorrogar a redução do IPI para a linha branca, o executivo afirmou que Mantega ficou de estudar. “O ministro não sinalizou nada… Ele não estava com a cara muito animada”, resumiu.

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    O presidente da Abramat, Walter Cover, destacou que a reunião foi de “detalhe”. Segundo ele, Mantega quis saber tudo “sobre emprego, produção, importação, volume e outros dados”. Ele ressaltou que o ministro recebeu várias informações e que todos os representantes manifestaram a importância da manutenção dos incentivos.

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    Novos pedidos – Cover pediu que a lista de desoneração dos materiais, que termina em 31 de dezembro, seja incrementada em mais 50 itens, argumentando que o setor está bastante fragilizado. O presidente da Anamaco, Cláudio Conz, foi mais enfático: “Pedimos para o IPI não voltar nunca mais”, afirmou.

    O presidente da Abramat acrescentou que o ministro está confiante que ao final do ano a economia estará crescendo entre 3% e 4%. “E nós falamos para ele (Mantega) que se ele atender nossos pleitos, certamente estaremos contribuindo para esse crescimento”, relatou.

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    Segundo Cover, a mensagem de Mantega foi de confiança, apesar de ele não ter feito nenhuma promessa. “Todos os setores estão achando que este é um momento importante na economia para serem analisadas novas medidas. Ele (Mantega) não prometeu nada, mas ficou a disposição muito grande de entender as dificuldades que alguns setores estão tendo, em particular nós da Abramat”, relatou Cover.

    Móveis – Os fabricantes de móveis aproveitaram o encontro para antecipar o pedido de continuidade da redução do IPI para o setor. “Se prorrogarem o IPI até o fim do ano, o consumidor vai ter até 5% de desconto na aquisição de móveis”, disse José Luiz Fernandez, presidente da Abimóvel. O setor também não recebeu resposta imediata do governo.

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    Automóveis – Não participaram do encontro desta terça os fabricantes de automóveis, cuja redução do IPI também vence na sexta-feira. Fontes da equipe econômica afirmaram nesta segunda que o Ministério da Fazenda deve anunciar na semana a prorrogação por dois meses da redução do IPI para o setor automotivo – reforçando posição já defendida no fim de julho.

    Mantega reúne-se às 10:30 desta quarta-feira com representantes da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e, uma hora depois, com membros da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

    (com Agência Estado e Reuters)

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