Líderes republicanos planejam fazer uma emenda ao projeto do presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner, para a elevação do limite de endividamento dos Estados Unidos e colocá-lo em votação ainda nesta sexta-feira. Com a proposta, líderes do partido já falam que maioria na Casa está assegurada para a aprovação. Criada para agradar alas conservadoras, a emenda, porém, torna a proposta mais distante dos projetos democratas. E, ainda que passe pela Câmara, as chances de aprovação no Senado, de maioria democrata, são mínimas. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, também já sinalizou que vetaria a proposta caso ela chegasse a sua mesa.
A maior mudança no projeto é a exigência que a Câmara e o Senado aprovem uma emenda constitucional determinando que o governo federal equilibre seu orçamento antes de um novo aumento no teto da dívida, atualmente em 14,29 trilhões de dólares.
A proposta é uma tentativa de obter o apoio da ala mais conservadora do Partido Republicano, que se opõe ao projeto de Boehner, de elevar o teto da dívida em 900 bilhões de dólares e reduzir o déficit do país em 917 bilhões de dólares. Com a mudança, o líder da maioria republicana na Câmara, Eric Cantor, disse que o projeto agora tem votos suficientes para ser aprovado.
Para ser aprovado na Casa, o projeto Boehner precisa de 216 votos. Como os democratas devem votar contra em bloco, a proposta precisa conseguir o apoio da bancada republicana na Câmara, que tem 240 cadeiras. Boehner pode perder, portanto, os votos de, no máximo, 24 republicanos.
Na noite desta quinta-feira, pelos menos 20 deputados do partido haviam dito que se oporiam ao projeto, mas a nova proposta parece ter convencido parte deles. O deputado Jeff Flake disse nesta sexta-feira que gostou da mudança e agora votará a favor do projeto. Já Tim Scott disse que está repensando sua posição.
Obama disse nesta sexta-feira que está pronto para trabalhar com os principais parlamentares democratas e republicanos durante o fim de semana para chegar a a um acordo.
(com Agência Estado)