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Em ata, BC vê inflação acima da meta em 2017

Entidade retirou a menção de que para o ano que vem a inflação estava "ligeiramente" superior ao centro da meta, de 4,5%

Por Da Redação
10 mar 2016, 09h22
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  • O Banco Central (BC) informou que sua projeção da inflação segue acima da meta de 4,5% em 2016 e em 2017, mas retirou a menção de que para o ano que vem a inflação estava “ligeiramente” superior ao centro da meta, conforme ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta quinta-feira. Com isso, a autoridade monetária pavimenta o caminho para que a taxa básica de juros não seja reduzida tão cedo apesar da fraqueza na economia.

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    No documento, a autoridade monetária ressaltou ainda que permanecem as incertezas associadas ao balanço de riscos, principalmente quanto ao processo de recuperação dos resultados fiscais e sua composição, ao comportamento da inflação corrente e das expectativas de inflação.

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    O BC ainda disse que o “ainda elevado” patamar da inflação é reflexo dos processos de ajustes de preços relativos ocorridos em 2015 (como energia elétrica e gasolina), assim como do “processo de recomposição de receitas tributárias observado nos níveis federal e estadual no início deste ano” — ou seja, a alta de impostos — que fazem com que a “inflação mostre resistência”.

    A instituição também cita “incertezas em relação ao comportamento da economia mundial”. “Nesse contexto, o Comitê reitera que adotará as medidas necessárias de forma a assegurar o cumprimento dos objetivos do regime de metas, ou seja, circunscrever a inflação aos limites estabelecidos pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), em 2016, e fazer convergir a inflação para a meta de 4,5%, em 2017”, diz trecho.

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    “O BC, por um lado, mostra que a atividade econômica está mais fraca, mas por outro está muito preocupado com as contas públicas. Isso sugere certa resistência para reduzir os juros e cautela para na condução da política monetária”, afirmou o economista-chefe da corretora Votorantim, Roberto Padovani, para quem a Selic será reduzida somente no 4º trimestre deste ano.

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    Na semana passada, o BC manteve a Selic em 14,25% ao ano, mesmo patamar desde julho de 2015, numa decisão dividida entre os membros do Copom e que sugere que a autoridade monetária não deve cortar os juros básicos tão cedo, apesar da fraqueza na economia.

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    Estimativas – O BC diminuiu sua estimativa para a alta de preços administrados em 2016 a 5,9%, contra 6,3% na ata anterior, mantendo a expectativa de aumento de 5% para o ano que vem. Ao mesmo tempo, passou a enxergar redução de 3,5% nos preços de energia elétrica este ano, contra alta de 3,7%.

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    Por outro lado, o BC ressaltou que a inflação mostra resistência. Pesquisa Focus do próprio BC, que ouve semanalmente uma centena de economistas, mostra que a projeção de alta do IPCA é de 7,59% em 2016, caindo a 6% no ano que vem.

    A ata não levou em consideração os últimos desdobramentos políticos, com o dólar a 3,95 reais. Mas a moeda norte-americana caiu 4,91% desde quinta-feira até a véspera, ao patamar de 3,68 reais, na esteira da última fase da operação Lava Jato, na sexta-feira passada, que colocou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras.

    (Com Reuters)

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