O volume de vendas de sorvetes no país subiu 22% em 12 meses até agosto na comparação com igual período do ano anterior, mostraram dados da consultoria Nielsen. Em valor o crescimento foi de 30%, para 4,4 bilhões de reais. O forte avanço é explicado pelas temperaturas mais altas e pelo lançamento de produtos, após um 2013 pouco quente e chuvoso. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira pelo jornal Valor Econômico.
Apesar de as vendas de sorvetes no país ainda dependerem bastante das temperaturas mais altas, as marcas buscam se consolidar no mercado independentemente das variações climáticas. “Estamos tendo um dos melhores anos em sorvetes”, disse o vice-presidente de sorvetes e alimentos da Unilever, fabricante da Kibon, João Campos. A Kibon lançou pela primeira vez este ano campanha publicitária no inverno, protagonizada pelo jogador Neymar.
As vendas da Kibon aumentaram 28% no último verão na comparação com a temporada anterior, de modo que o Brasil se consolidou como o segundo maior mercado da marca, atrás apenas dos Estados Unidos. O país ocupava a quinta posição anteriormente. Além de ampliar sua participação no varejo com a inauguração do quiosque Kibon Station, a Unilever ainda trouxe a rede norte-americana Ben & Jerry’s, com produtos mais caros.
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‘Gringas’ – Em meio ao crescimento e às novas oportunidades do mercado no país, marcas estrangeiras de sorvete ingressaram no Brasil nos últimos anos. A primeira foi a argentina Freddo, que inaugurou 20 unidades este ano. A empresa pretende movimentar 45 milhões de reais em 2014 ante 30 milhões de reais em 2013.
Com faturamento de 40 milhões de reais, a italiana Bacio di Latte conta com 13 lojas e 7 quiosques em São Paulo e no Rio de Janeiro. A expectativa da companhia é encerrar 2015 com até 40 novas unidades, entre lojas, quiosques e carrinhos italianos.