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Elie Horn, da Cyrela, pede menos egoísmo de governantes e empresários

O empreendedor e filantropo criticou a demora do Ministério da Saúde para convocar e aceitar o trabalho voluntário no enfrentamento do coronavírus

Por Felipe Mendes Atualizado em 20 mar 2020, 18h18 - Publicado em 20 mar 2020, 17h55
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  • Figura próxima do presidente Jair Bolsonaro, o empresário Elie Horn, fundador da incorporadora Cyrela, pediu mais empenho por parte das autoridades federais e menos egoísmo para empresários como forma de combater a disseminação do novo coronavírus (Covid-19). Conhecido por seu envolvimento em projetos sociais, ele disse não ter sido atendido pelo Ministério da Saúde ao tentar disponibilizar 2.000 médicos e outras milhares de pessoas para ações voluntárias neste momento em que a enfermidade avança pelo país. A ajuda seria por meio do Transforma Brasil, uma plataforma de voluntariado criada pelo projeto Nossa Causa, que é capitaneado pelo empresário. “Ninguém no Ministério da Saúde nos atende, então essa coisa está parada. É uma pena porque isso poderia ajudar muito o Brasil”, disse.

    Horn foi um dos diversos empresários que discursaram na tarde desta sexta-feira, 20, em teleconferência com Bolsonaro e outros membros do governo. Em resposta à crítica de Horn, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que “não existe conceito de voluntariado para médicos”, que o Brasil possui 700.000 profissionais de medicina e que irá organizar uma linha de frente com os médicos mais jovens para combater a doença a partir da próxima semana. “No caso dos 2.000 médicos [citados por Horn], que eles se apresentem na próxima semana, quando faremos uma chamada nacional”, disse o ministro. “O cenário que nós estamos vendo é que, diferentemente do que aconteceu na China, o Brasil tem um crescimento da doença de forma igual para cada estado. Isso é muito preocupante”.

    Diante do conflito de interesses entre os três poderes, Elie Horn sugeriu uma harmonia. “Nós precisamos de paz e de sossego. Mais harmonia entre os poderes faria a economia andar melhor, com menos sobressaltos”. O empresário também defendeu as medidas drásticas tomadas pelos governantes, como o fechamento do comércio, de shopping centers e de fronteiras e lembrou que o momento é de pensar na saúde do próximo, sem agir de forma egoísta. “Eu sugiro que haja menos egoísmo do empresariado e do povo em geral e que se pense mais nos outros”, disse.

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