A Eletrobras anunciou na noite de quinta-feira, 10, que realizará o Segundo Plano de Demissão Consensual 2019 (PDC), com meta de desligamento de 1.681 empregados até 31 de dezembro deste ano, como parte dos esforços de reduzir custos com funcionários que podem chegar a 510 milhões de reais ao ano. Em comunicado, a empresa de energia informou que o novo plano será iniciado nesta sexta-feira, 11, na holding e nas subsidiárias CGTEE, Chesf, Eletrobras Termonuclear, Eletronorte, Amazonas Geração e Transmissão de Energia, Eletrosul e Furnas Centrais Elétricas.
O plano, uma das iniciativas previstas no “Desafio 23: Excelência Sustentável” da empresa que o governo quer privatizar, foi divulgado após celebração do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que teve mediação do Tribunal Superior do Trabalho. Segundo a empresa, ficou acordado que a Eletrobras oferecerá programa de desligamento voluntário para tingimento de quadro de 12.500 empregados efetivos a partir de janeiro de 2020 e de 12.088 a partir de maio de 2020.
A companhia destacou que, após estas datas, “por iniciativa da empresa, ficam autorizados os desligamentos necessários para alcance dos quantitativos estabelecidos pelo TST”. A economia estimada neste novo plano de desligamentos é de 510 milhões de reais por ano, a um custo de cerca de 548 milhões de reais. Ou seja, o retorno se dará a partir do 13º mês. “A iniciativa em referência é muito importante para adequação dos custos de nossas empresas aos custos de uma empresa de referência do setor elétrico”, informou a empresa, sem dar mais detalhes.
A agência Reuters obteve, na quinta-feira, um documento da empresa que mostra o plano demissão consensual em Furnas. Pelo documento sobre Furnas, a companhia oferecerá indenização aos que aderirem ao PDC, incluindo 40% do saldo para fins rescisórios do FGTS e aviso prévio. O incentivo indenizatório deverá variar de mínimo de 75 mil reais até máximo de 700 mil reais.