Demorou, mas a corrida pela presidência dos Estados Unidos parece ter chegado até Wall Street. Os juros dos títulos públicos dos EUA passaram a subir com força ante a expectativa de que haverá um aumento dos gastos, independentemente de quem vença o pleito.
Isso porque tradicionalmente o mercado financeiro associa democratas ao aumento de gastos, mas o ex-presidente Donald Trump tem falado publicamente sobre barreiras tarifárias e dado sinais de que faria novamente um governo com expansão de despesas. A data oficial da eleição é 5 de novembro.
Esse é, claro, apenas um dos motivos para a alta na remuneração dos títulos. Acontece que, após o receio de uma desaceleração abrupta da economia americana, indicadores do mercado de trabalho continuam mostrando solidez, fazendo com que investidores ajustem suas apostas sobre o ritmo de corte de juros por parte do Fed. A próxima reunião ocorre no dia 7 de novembro e o consenso do mercado aponta um corte de 0,25 ponto percentual na taxa.
Nesta manhã, os futuros das bolsas americanas operam em queda firme, mesmo sinal registrado nos principais índices europeus. O EWZ, que faz as vezes de pré-mercado da bolsa brasileira em Nova York, também cede.
No Brasil, o principal dado na agenda é a divulgação da arrecadação de setembro. Além disso, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem uma agenda lotada nos Estados Unidos, onde participa de evento do G20.
Agenda do dia
10h: FMI divulga relatório de Perspectivas Econômicas Globais (WEO)
10h25: Andrew Bailey (BoE) fala em fórum da Bloomberg
10h30: Receita divulga arrecadação de setembro; entrevista à imprensa às 11h
11h: Patrick Harker (Fed/Filadélfia) discursa em evento
13h: Campos Neto concede entrevista à CNBC
16h15: Campos Neto faz palestra em evento do G20
16h15: Christine Lagarde (BCE) fala em painel do G20
17h: Campos Neto, Sarah Breeden (BoE) e Agustín Carstens (BIS) falam em painel do G20
17h: Janet Yellen (Tesouro) participa de painel do IIF
Balanços: 3M, General Motors e Verizon (antes da abertura)