Analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central revisaram em 0,10 ponto porcentual para baixo a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) para 2019. De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 3, a economia brasileira deve avançar 1,13% neste ano. Na semana anterior, a previsão era de 1,23%.
Com essa nova revisão, já são catorze semanas consecutivas em que o mercado financeiro prevê crescimento menor. As revisões começaram em fevereiro. Em janeiro deste ano, economistas chegaram a projetar o PIB em 2,57% no Boletim Focus.
É a primeira projeção de mercado divulgada após o índice oficial do primeiro trimestre. Na última sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou o PIB do período. A queda foi de 0,2% em relação ao quarto trimestre de 2018. Na comparação com o primeiro trimestre de 2018, houve crescimento de 0,5%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. A projeção do mercado para os próximos três anos (2020, 2021 e 2022) é que o número avance 2,50%.
Além da queda no PIB, a previsão para inflação também foi revista pelos economistas: de 4,07% para 4,04%. O indicador segue abaixo da meta de inflação estipulada pelo governo, de 4,25%. O índice está dentro da margem de tolerância prevista pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), entre 2,75% e 5,75%, 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Os outros indicadores permanecem estáveis segundo estimativa do mercado. A expectativa é de que o dólar comercial feche o ano cotado a 3,80 reais. A Selic, taxa básica de juros da economia, foi mantida em 6,5% para o fim deste ano. A taxa básica está nesse patamar, o menor da história, desde março do ano passado.