O relator da reforma da Previdência na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), informou nesta quinta-feira, 13, que o relatório proporciona uma economia de 915 bilhões de reais em dez anos, valor um pouco abaixo do 1 trilhão de reais desejado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Além disso, ao contrário do que tinha dito o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na quarta-feira 12, o presidente da comissão, Marcelo Ramos (PL-AM), afirmou que não existe uma data prevista para votação, negando que o objetivo seja analisar o texto em 25 de junho, como disse Maia.
Sobre o procedimento para a discussão, ficou combinado que o tempo regimental será mantido, com 15 minutos de fala para membros do colegiado e líderes de partidos, 10 minutos para não membros, sem medidas de obstrução e sem encerramento da discussão. Segundo o relator, o debate tende a ser mais alongado, mas de “conteúdo e não de procedimento”, afirmou ele.
A Comissão Especial, que estava prevista para começar às 9h30, só se iniciou por volta das 10h30. O atraso ocorreu porque as lideranças da Câmara tiveram, na manhã desta quinta, que reconstruir esse acordo de procedimentos para que não haja obstrução durante a leitura do relatório da reforma da Previdência, que será feita por Moreira.
Mal-estar
O encontro foi convocado após integrantes da oposição ameaçarem descumprir o acerto, costurado na quarta-feira 12. No entanto, pegou mal a entrevista coletiva concedida na quarta, em que estavam presentes Moreira, líderes do Centrão e Maia, que adiantaram alguns detalhes do parecer a ser lido nesta quinta. Entre essas antecipações, estavam a exclusão de estados e municípios do texto e a inclusão do regime de capitalização. Os opositores chegaram a acusar Moreira de “conluio” e avisaram que a coletiva não era a Comissão Especial para que o relatório fosse apresentado.
(Com Estadão Conteúdo)