O dólar abriu o pregão desta sexta-feira, 15, em queda, após o Banco Central (BC) anunciar que estenderá sua atuação no mercado, mesmo que com menor ímpeto do que fez nesta semana, trazendo mais alívio para os investidores diante da cena política e fiscal preocupante do país.
Às 10h50, a moeda recuava 0,55%, cotada a 3,79 reais. Na véspera, fechou a 3,81 reais, com o mercado pressionado pela perspectiva de que estaria chegando ao fim o plano anunciado pelo BC de intervir mais pesado até o fim dessa semana.
Na noite passada, o BC informou que fará de 18 a 22 de junho oferta adicional de 10 bilhões de dólares em contratos de swap cambial (venda de dólares para conter a oscilação da moeda) e que não descarta ultrapassar consideravelmente os limites do que a autoridade monetária já fez no passado.
A greve dos caminhoneiros, em maio, fez aumentar as preocupações com a deterioração do quadro fiscal do Brasil, com a redução do preço do diesel gerando impacto bilionário sobre as contas do governo. Aliado a isso, as pesquisas eleitorais mostraram dificuldade dos candidatos que o mercado considera como mais comprometidos com ajustes fiscais de ganhar tração na corrida presidencial. Esses fatores pressionam a economia e levam à valorização da moeda.
No cenário externo, o dólar segue pressionado por fatores como alta dos juros nos Estados Unidos e o anúncio do Banco Central da Europa de que irá acabar com seu programa de compras de títulos no fim deste ano.
(Com Reuters)