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Dólar atinge R$ 4,14 e BC intervém para conter alta

Na terça-feira, moeda americana alcançou a sua maior cotação na história do Plano Real em meio às preocupações com o agravamento da crise política e econômica do país

Por Da Redação
23 set 2015, 10h09
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  • Após atingir a sua maior cotação desde a implementação do Plano Real, o dólar chegou a abrir em queda nesta quarta-feira, mas logo inverteu a sua trajetória e voltou a subir, renovando as máximas históricas. Por volta das 14h50, a moeda americana valorizava a mais de 1,4%, a 4,11 reais. Na máxima da sessão, a divisa chegou a subir 2,27%, a 4,14 reais. Se fechar o dia em alta, será o quinto pregão seguido de aumento.

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    Intervenção – Com o salto da divisa, o Banco Central intensificou a sua intervenção no câmbio. A instituição vendeu no início desta tarde 4.4000 swaps cambiais, o que equivale a venda futura de dólares. Também realizará durante a tarde leilão de venda de até 2 bilhões de dólares. Todos esses leilões, segundo assessoria de imprensa do BC, não são para rolar contratos já existentes.

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    “Uma atuação como essa deveria segurar um pouco, mas a volatilidade está muito grande”, resumiu o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho. “O mercado está perdido e corre para o dólar”.

    O mercado digere hoje a notícia de que 26 dos 32 vetos da presidente Dilma Rousseff a itens da chamada “pauta-bomba”, que tem o potencial de piorar ainda mais o quadro fiscal do país, foram mantidos pelo Congresso. Apesar da vitória parcial do governo, ainda falta apreciar o veto a um dos pontos mais controversos da pauta, o do reajuste no salário de até 78,5% dos servidores do Poder Judiciário.

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    “O veto mais importante é o do aumento do Judiciário e não sabemos quando ele vai ser analisado”, disse o operador de uma corretora nacional, referindo-se ao veto que, se derrubado, gerará despesas de 36 bilhões de reais até 2019, segundo cálculos do governo.

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    Os investidores também estão de olho nos movimentos das agências de classificação de risco Moody’s e Fitch – impera a preocupação de que as duas agências acompanhem a avaliação da S&P, que tirou o selo de bom pagador do país em 9 de setembro. Na terça, a Moody’s afirmou que a situação do país não se assemelha a de países que perderam o grau de investimento nos últimos anos. Já uma equipe da Fitch se reuniu ontem com representantes do governo para avaliar o desempenho da economia brasileira.

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    Também está no radar dos operadores a queda registrada nas bolsas asiáticas, puxada pela baixa de mais de 2% no principal índice acionário da China. Dados fracos da indústria chinesa divulgados hoje deixaram os investidores preocupados com uma desaceleração econômica mais acentuada do que a esperada.

    De setembro de 2014 até agora, a divisa americana já chegou a subir 70% contra o real. No acumulado do ano, a valorização é de 52,47%.

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    Ao ultrapassar a casa dos 4 reais, o dólar superou o recorde alcançado no dia 10 de outubro de 2002, quando a moeda fechou a 3,99 reais. Na época, a valorização da divisa foi impulsionada pelas incertezas sobre os destinos do país com a possível eleição do então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT), naquele momento ainda uma incógnita para o mercado financeiro.

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    Citando riscos aos planos fiscais do governo no curto prazo e a grande probabilidade de novos rebaixamentos do rating do Brasil, o Credit Suisse passou a projetar que o dólar deve atingir 4,25 reais em três meses e 4,50 reais em doze meses.

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