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Desemprego no Brasil cai,mas dado sugere desaceleração

Por Rodrigo Viga Gaier RIO DE JANEIRO (Reuters) – A taxa de desemprego no Brasil caiu em outubro para o menor patamar para o mês em nove anos, mas a queda na renda média mensal do trabalhador sugere que o mercado de trabalho pode estar perdendo fôlego, em meio à desaceleração da economia doméstica diante […]

Por Da Redação
24 nov 2011, 10h31
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  • Por Rodrigo Viga Gaier

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    RIO DE JANEIRO (Reuters) – A taxa de desemprego no Brasil caiu em outubro para o menor patamar para o mês em nove anos, mas a queda na renda média mensal do trabalhador sugere que o mercado de trabalho pode estar perdendo fôlego, em meio à desaceleração da economia doméstica diante da crise internacional.

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    A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país caiu para 5,8 por cento em outubro ante setembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.

    Foi a menor leitura para um mês de outubro desde o início da nova série histórica, em 2002. O dado mensal foi também o mais baixo desde dezembro de 2010, quando a taxa ficou em 5,3 por cento. Em outubro do ano passado, o desemprego havia ficado em 6,1 por cento.

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    Economistas consultados pela Reuters estimavam uma taxa de desemprego de 5,9 por cento para o mês passado.

    O rendimento médio real habitual dos ocupados ficou em 1.612,70 reais, estável na comparação com setembro e mostrando leve queda de 0,3 por cento frente a outubro do ano passado. Segundo a LCA Consultores, foi a primeira baixa do rendimento desde janeiro de 2010.

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    “Especificamente sobre outubro, a despeito da alta base de comparação (outubro de 2010), esta nova leitura estabilidade da renda, a segunda consecutiva, fortalece nossa hipótese de que a atual perda de fôlego no setor de serviços, que ocorre com grande defasagem em relação à indústria, não é apenas episódica”, afirmou a equipe de analistas da consultoria, em relatório.

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    Tal avaliação ocorre em meio a sinais de impacto do agravamento da crise internacional sobre a economia brasileira. O setor industrial, que já vinha patinando ao longo do ano, sofreu em setembro seu maior tombo desde abril.

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    Também o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado um sinalizador do comportamento do Produto Interno Bruto (PIB), caiu 0,32 por cento no terceiro trimestre, alimentando expectativas de que a economia possa ter tido crescimento praticamente zero, ou mesmo negativo, naquele período.

    “O taxa de desemprego recentemente estabilizou-se perto de mínimas recordes, enquanto a renda perdeu ritmo. Olhando à frente, uma desaceleração da economia deve pesar sobre o emprego e a renda”, afirmou em relatório a equipe de estrategistas do banco francês BNP Paribas.

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    O governo tem afirmado que tomará todas as medidas necessárias para proteger o Brasil da turbulência externa, com boa parte do mercado interpretando essa postura como um sinal de que a política monetária continuará sendo afrouxada, como já vem sendo desde agosto.

    A piora da crise externa foi o motivo apontado pelo Banco Central (BC) para os dois cortes de juros implementados desde agosto. Desde então, a Selic já foi reduzida em 1 ponto percentual, para os atuais 11,50 por cento ao ano.

    De modo geral, o mercado aposta que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC cortará a taxa básica de juros em mais 0,50 ponto na reunião da próxima semana, mas crescem posições em prol de uma redução maior, de 0,75 ponto.

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    POPULAÇÃO OCUPADA TEM LEVE ALTA

    A população ocupada cresceu 0,1 por cento (+30 mil) entre setembro e outubro, para 22,682 milhões. Ante outubro de 2010, houve alta de 1,5 por cento, o que corresponde a mais 336 mil pessoas empregadas.

    Já o número de desocupados caiu 4,5 por cento em outubro ante setembro (-66 mil), para 1,385 milhão de pessoas. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a queda foi de 4,1 por cento, ou menos 59 mil pessoas procurando emprego.

    O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado somou 11,1 milhões, alta de 7,4 por cento ante outubro de 2010.

    (Reportagem adicional de José de Castro; Edição de Vanessa Stelzer)

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