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Crise provocou alta na taxa de desocupação em 2009

Dado consta da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

Por Beatriz Ferrari
8 set 2010, 10h00
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  • No Brasil, o nível de ocupação – relação entre pessoas com trabalho e o universo total da população – se manteve praticamente estável entre 2008 e 2009, em torno de 57%. Contudo, a taxa e desocupação – porcentual das pessoas sem trabalho ante a população economicamente ativa – subiu, passando de 7,1% para 8,3% no mesmo período, um contingente de 8,4 milhões de brasileiros sem trabalho. As informações constam da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Pnad 2009, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.

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    De acordo com o IBGE, o crescimento da taxa de desocupação em 2009 tem raízes na crise financeira internacional iniciada no ano anterior. “Era de se esperar esse fenômeno. O mercado de trabalho não piorou, mas deixou de melhorar”, avalia Cimar Azeredo Pereira, gerente de integração da Pnad.

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    Para o pesquisador Marcelo Caetano, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de fato era natural esperar um aumento da taxa de desocupação no período porque os indicadores de mercado de trabalho caminham junto com o ciclo econômico. “Quando saírem os dados de 2010, provavelmente veremos melhoras nas taxas de ocupação e salários, por exemplo”, explica Caetano, referindo-se ao vigor econômico registrado pela economia brasileira neste ano.

    O aumento do contingente de pessoas sem trabalho também foi verificado em outros países, com altas ainda mais vigorosas do que a brasileira, conforme apontam dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). Nos Estados Unidos, a taxa de desocupação cresceu 3,5 pontos porcentuais. Na Inglaterra, 1,9 pontos; na França, 1,7. No Brasil, 1,2 pontos.

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    Cimar explica que, a despeito da crise, não se verificou perda de qualidade no emprego. “De 2007 para 2008, haviam sido gerados 700.000 postos de trabalho com carteira assinada. De 2008 para 2009, esse incremento foi de 400.000”, afirma. “A qualidade do emprego aumentou, mas com menor expressão na comparação com o ano anterior”.

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    Nível de instrução – A Pnad também revelou que, entre 2004 e 2009, a educação de fato fez a diferença no mercado de trabalho. Em outras palavras: maior escolaridade, mais trabalho. No período, a parcela da população ocupada diminui menos entre os brasileiros que possuem ensinos médio ou superior completos.

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    Para Caetano, a evolução dos indicadores demonstra uma tendência de maturação econômica de longo prazo. “Conforme o grau de sofisticação da economia vai aumentando, observa-se uma demanda por níveis de qualificação profissional mais altos. Portanto, é natural esperar uma exigência por políticas públicas mais voltadas para a qualificação profissional”, pontua.

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    Escolaridade Pnad 2009
    Escolaridade Pnad 2009 (VEJA)
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