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Credores argentinos criticam proximidade de Argentina e Irã

Grupo divulgou peça publicitária em veículos dos Estados Unidos para alertar autoridades norte-americanas sobre as relações de Cristina Kirchner com Ahmadinejad; intenção é fazer lobby para pagamento da dívida argentina

Por Da Redação
4 jun 2013, 21h39
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  • Um grupo de credores argentinos, chamados pela presidente Cristina Kirchner de “fundos abutres“, voltaram a atacar novamente o país latino-americano. Desta vez, a estratégia adotada foi o uso de uma publicidade para chamar a atenção sobre a proximidade de Cristina com o Irã. A peça publicitária, com o título “Aliados vergonhosos”, traz uma foto da presidente argentina e do líder iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. Segundo o jornal argentino Clarín, a imagem foi publicada em veículos de comunicação dos Estados Unidos, como o Washington Post.

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    Os “fundos abutres” são detentores de títulos da dívida argentina que não aceitaram a troca de títulos inadimplentes por outros com vencimentos futuros. Após o calote de 2001 (veja lista das maiores moratórias da história), o governo argentino negociou a troca de títulos em 2005 e em 2010, o que permitiu que o país estendesse sua dívida. Com isso, a Argentina conseguiu reestruturar em torno de 93% destes papeis. No entanto, credores do fundo NML Capital, com sede nas Ilhas Cayman, não aceitam a proposta de Buenos Aires e exigem o pagamento da dívida. A situação vem sido acompanhada por um Tribunal de justiça de Nova York e, apesar de algumas propostas do governo de Cristina para resolver o débito, nenhum acordo ainda foi firmado.

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    Em outubro do ano passado, em um movimento de pressão para que a Argentina pague a dívida, credores do fundo conseguiram que o governo de Gana confiscasse uma fragata argentina até o pagamento. A exigência do pagamento dessas dívidas cria temores de que a Argentina, cuja economia vai de mal a pior, entre novamente em default.

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    A publicidade, na qual está escrito que “é chegado o momento de impedir que a Argentina siga transgredindo a lei dos EUA e internacional”, foi criada pela “Força Tarefa Americana Argentina” (ATFA, na sigla em inglês), grupo que está fazendo lobby em Washington em nome do fundo NML e de outros que foram afetados pela política da presidente argentina.

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    Aliança – Argentina e Irã assinaram um acordo no início deste ano para investigar um atentado realizado em 1994 contra o centro de comunidade judaica Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em Buenos Aires. O ataque deixou 85 mortos e mais de 300 feridos.

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    O documento, que foi ratificado pelo Parlamento argentino e pelo governo do Irã, prevê a criação de uma “comissão da verdade” conjunta, formada por juristas “independentes”, que ficará responsável por revisar as atuações judiciais em relação ao atentado. A comissão também deve recomendar um plano de ação para o esclarecimento do ataque.

    A comunidade judaica argentina critica o pacto, considerado um retrocesso na busca por justiça para os responsáveis. A Interpol tem mandados de busca internacional emitidos contra iranianos envolvidos no atentado, mas o governo dos aiatolás nega qualquer participação e rejeita as acusações de terrorismo contra cidadãos do país. No final de maio, contudo, um promotor argentino divulgou um relatório no qual afirma que o atentado não foi uma ação isolada, mas faz parte de um plano de Teerã para se infiltrar em países sul-americanos para perpetrar atentados.

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