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Contaminação por inseticida afeta ovos em 17 países, diz UE

Uso de substância em galinheiros por empresas da Bélgica e na Holanda causou recolhimento do produtos em mercados na Europa

Por Da redação
11 ago 2017, 14h10
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  • Quinze países da União Europeia (UE), Suíça e Hong Kong foram afetados pela contaminação de ovos de galinha por um inseticida, anunciou a Comissão Europeia nesta sexta-feira. O problema foi causado pelo uso de fipronil por parte de empresas especializadas na desinfecção de propriedades agrícolas.

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    A substância está presente nos produtos veterinários utilizados em animais de estimação contra pulgas e carrapatos, mas seu uso é proibido em animais destinados ao consumo e à indústria alimentícia na região. Em doses altas, pode provocar problemas neurológicos e vômitos.

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    Os países atingidos são Bélgica, Holanda, Alemanha, França, Suécia, Reino Unido, Áustria, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Polônia, Romênia, Eslováquia, Eslovênia e Dinamarca, Suíça e Hong Kong, segundo a entidade.  Em quatro destes países (Bélgica e Holanda, origem da crise, além de Alemanha e França) houve o bloqueio de granjas pela constatação da contaminação. Os demais receberam exportações procedentes desses locais.

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    O caso veio à tona na quarta-feira da última semana, provocando a retirada de milhões de ovos de supermercados alemães e holandeses.  O escândalo é alvo de investigação penal na Bélgica e na Holanda e envolve duas empresas: a holandesa ChickFriend, especializada na desinfecção de granjas avícolas, e seu fornecedor belga, a Poultry-Vision. A Holanda é um dos maiores exportadores mundiais de ovos.

    O fipronil, apontado no passado como responsável por uma alta na mortalidade de abelhas, só é usado na Europa em alguns cultivos, para proteger as sementes de alho-poró, cebola, cebolinha e couve.

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    Repercussão

    O ministro de Agricultura da França, Stéphane Travert, confirmou nesta sexta-feira que mais de 200.000 ovos contaminados com fipronil, importados de Bélgica e Holanda, foram vendidos no mercado interno, ainda que tenha descartado qualquer risco para a saúde humana.

    Autoridades holandesas cumpriram ordens de busca e apreensão no âmbito da investigação, e duas pessoas foram presas. “Os detidos são dois diretores da empresa que provavelmente usou esse produto nos criadouros avícolas”, declarou a porta-voz da Procuradoria holandesa, Marieke van der Molen, referindo-se à ChickFriend.

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    O Reino Unido importou cerca de 700.000 ovos contaminados, segundo a Agência britânica de Segurança Alimentar (FSA, na sigla em inglês) na quinta. O governo de Luxemburgo já havia confirmado, na terça-feira, que “foram vendidos ovos contaminados no mercado luxemburguês”, na rede de supermercados Aldi. O que restava dos dois lotes afetados foi retirado das prateleiras. “Um deles não apresenta risco de saúde para o consumidor, e o outro não deve ser consumido por crianças muito pequenas”, adverte nota divulgada pelas autoridades. O governo anunciou que outra rede de supermercados, a Cactus, também havia sido afetada.

    Investigação e negligência

    Criticado pelos vizinhos europeus por não haver divulgado a informação anteriormente, o governo holandês admitiu que foram cometidos “erros” na gestão do escândalo dos ovos contaminados, mas se negou a reconhecer qualquer acusação de negligência. “Em qualquer crise se cometem erros. É o caso nesta, totalmente”, afirmou a ministra de Saúde da Holanda, Edith Schippers, em um programa da televisão holandesa divulgado na quinta-feira à noite. A ministra alegou, porém, que o governo “não podia burlar o tempo da investigação judicial e das análises” das amostras extraídas.

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    A Comissão Europeia anunciou ainda que fará uma reunião com representantes desses países, em 26 de setembro, para analisar o episódio.

    (Com AFP e EFE)

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