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Congresso pode pedir ao STF adiamento do prazo para compensar desoneração

Supremo deu 60 dias para que os parlamentares apresentem medidas de compensação para a desoneração. Prazo vence na sexta-feira

Por Da Redação Atualizado em 16 jul 2024, 11h47 - Publicado em 16 jul 2024, 08h55
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  • As medidas de compensação da desoneração da folha de 17 setores da economia e pequenos municípios seguem sendo um ponto de disputa entre o governo Lula e o Senado Federal. A tensão cresce à medida que o prazo dado pelo Supremo Tribunal Federal para que haja uma compensação da renúncia fiscal está prestes a se encerrar.

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    Na sexta-feira, 19, acaba esse prazo para que o Legislativo apresente a origem dos recursos que podem compensar a medida. Em maio, o ministro Cristiano Zanin suspendeu por 60 dias a decisão que restabeleceu, a pedido do presidente Lula, a reoneração da folha. O ministro determinou que, se não houver uma solução no prazo, a liminar volta a valer. Isto é, os setores voltarão a pagar impostos sobre a folha.

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    Conforme avança o impasse, o Congresso deve pedir um adiamento desse prazo ao STF. Caso passe no Senado ainda esta semana, o texto teria que ser apreciado pela Câmara dos Deputados – que está desmobilizada desde a aprovação da regulamentação da Reforma Tributária. “Será necessário pedir o adiamento ao Supremo, porque independentemente de qual caminho vai ser tomado aqui, terá que ser mandado para a Câmara e, portanto, até 19 de julho que é esse fim de semana, seguramente não será”, disse na segunda-feira o senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo e relator do projeto.

    A necessidade de compensação ocorre devido a uma regra prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal, o argumento utilizado pela União no Supremo para barrar a medida.

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    De acordo com cálculos da Receita Federal, são necessários cerca de 18 bilhões de reais para cobrir o impacto do benefício nas contas públicas. O Senado propõe uma séria de medidas para chegar a esse montante, entre elas a repatriação de recursos no exterior, a já aprovada taxação das compras internacionais até 50 dólares, a  regularização de ativos nacionais e um Refis para empresas com multas e taxas vencidas cobradas pelas agências reguladoras seriam suficientes para a tarefa.

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    Por outro lado, o governo afirma que essas medidas são insuficientes e propõe um aumento de 1 ponto percentual na alíquota da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) exclusivamente para bancos, além das medidas apresentadas pelo Senado.

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    Há um impasse, já que medidas que aumentam tributos não deve passar pelos Senadores — a exemplo da MP do “Fim do Mundo”, que limitava créditos de PIS/Cofins e teve parte devolvida ao governo. Enquanto isso, o presidente do Senado questiona a resistência do governo ao seu pacote de medidas. “Parece mais um descontentamento em relação ao instituto da desoneração do que apresentação de uma solução em si”, afirmou na última sexta-feira.

    O relator da matéria tem se mostrado preocupado com a falta de consenso e o prazo apertado para a aprovação do texto. “Espero que amanhã ou quarta, ou no retorno, a gente consiga votar aqui”, afirmou Wagner a jornalistas. Perguntado se apresentará relatório na terça-feira, disse que não está certo. “Do meu ponto de vista, não, porque eu não tenho como apresentar um relatório que não traga aquilo que a Fazenda acha sustentável”, afirmou.

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    17 setores

    Os setores beneficiados pela desoneração, e que podem ver o benefício cair se não houver um acordo, são de calçados, call center, comunicação, confecção/vestuário, construção civil, empresas de construção e obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carroçarias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil, TI (tecnologia da informação), TIC (tecnologia da informação e comunicação), projeto de circuitos integrados, transporte metroferroviário de passageiros, transporte rodoviário coletivo e transporte rodoviário de cargas.

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