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Comércio supera 2019 e registra retomada em todos os segmentos, diz Itaú

Pesquisa da instituição financeira aponta que mesmo setores mais acometidos pela pandemia já começaram a vislumbrar uma retomada mais robusta

Por Felipe Mendes Atualizado em 24 ago 2021, 16h59 - Publicado em 24 ago 2021, 15h41
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  • Com a vacinação para Covid-19 em curso e a flexibilização das medidas de isolamento social, o comércio (em sua maior parte) mostra recuperação. Dados do relatório “Análise do Comportamento de Consumo” do Itaú Unibanco, divulgado nesta terça-feira, 24, apontam para uma retomada expressiva de diversas categorias de consumo, entre elas bares, cinemas, parques, pedágios e agências de matrimônio e buffets, segmentos que foram acometidos em maior escala pela pandemia. Segundo a pesquisa, o volume de vendas nos cartões emitidos pelo banco ou transacionados por meio de máquinas da Rede, empresa de processamento de pagamentos do Itaú, foi 46,4% superior, no segundo trimestre de 2021, frente ao mesmo período de 2020 — meses de maior restrição do comércio –, e 26,5% em relação ao segundo trimestre de 2019, o que mostra que o varejo já superou os níveis pré-pandêmicos.

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    Chama atenção a retomada das atividades ligadas ao setor de turismo, que chegou a perder quase 90% de sua receita em abril de 2020. Segundo a pesquisa, o setor registrou avanço de 257,3% no segundo trimestre de 2021, em comparação com o mesmo período de 2020. Nos segmentos de hotéis, motéis e pousadas, a alta foi de 255,8% na mesma base de comparação. As linhas aéreas, por sua vez, registraram aumento de 237,1%. Segundo Moisés Nascimento, diretor de estratégia e engenharia de dados do Itaú, os números refletem uma maior flexibilização das medidas de restrição. “Foi uma surpresa positiva. Tanto linhas aéreas, quanto hotéis, motéis e pousadas seguem a mesma linha de proporção da recuperação”, afirma. “A flexibilização das medidas de isolamento, a vacinação e o uso de máscaras têm tido um efeito importante na mobilidade e no turismo no Brasil.”

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    Ainda na linha da recuperação, o setor de casamentos, bastante impactado com o isolamento social, dá sinais de forte crescimento. Adaptadas às novas condições sanitárias, as agências matrimoniais e buffets tiveram crescimento de 97,4% no faturamento no segundo trimestre deste ano – a comparação com igual período de 2019 mostra que o cenário ainda é desafiador, com queda de 51%. Com a volta das cerimônias, segmentos como aluguéis de roupa e joalherias foram impactados positivamente e tiveram crescimento de 214,9% e 129,9%, respectivamente. Já as atividades de bem-estar, como spas, centros estéticos, massagistas e manicure, tiveram aumento de 90,7% no segundo trimestre, ante igual intervalo de 2020. Bares e restaurantes, por sua vez, voltaram a ver as suas mesas mais animadas e tiveram crescimento de 153,5%, na mesma base comparativa.

    A despeito da euforia com a retomada dos setores mais acometidos pela pandemia, Nascimento ressalta que a inflação, sobretudo na energia elétrica, e a disseminação da variante Delta no país podem jogar água no chope de alguns segmentos. “A gente vai observar um cenário de recuperação desigual agora. E isso vai ter muito a ver com a segurança que cada uma dessas categorias proporciona. Como bares e casas de shows são ambientes mais fechados, com maior possibilidade de disseminação do vírus, vão ter uma recuperação mais desacelerada em comparação com outros nos próximos meses”, afirma.

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    Isolamento

    É possível medir a quebra do isolamento social através dos números do segmento de locomoção e transporte, que inclui o transporte de passageiros, postos de combustíveis, recarga de cartões como o Bilhete Único, multas de trânsito, estacionamentos e pedágios. Esse setor avançou 98,4% no segundo trimestre deste ano. Ou seja, há mais pessoas se locomovendo no país, o que tem culminado na retomada do varejo físico, onde as vendas cresceram 47,2% no mesmo período, diante de um crescimento de 43,2% do comércio eletrônico.

    Os destaques no varejo físico foram os atacadistas (avanço de 35,4% no período) e as lojas de materiais de construção (alta de 31,6%). No ambiente virtual, o alto volume transacionado em alimentação indica que consumidores passaram a usar mais serviços de delivery e que essa tendência veio para ficar. “A compra de alimentação por apps de delivery, sobretudo para compras de mercado, provavelmente será um comportamento que vai ficar aí no cenário pós-pandêmico”, diz.

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