O casamento entre pessoas do mesmo sexo cresce em ritmo mais acelerado do que a união entre héteros no Brasil. O casamento entre pessoas de sexo diferente caiu 2,3% em 2017 na comparação com o ano anterior. No mesmo ano, houve alta de 10% no casamento homoafetivo. Os dados, retirados das Estatísticas de Registro Civil, foram divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As mulheres são as que mais formalizam a união entre pessoas do mesmo sexo – representaram 57,5% dos casamentos em 2017.
No Sudeste acontece a maioria das uniões homossexuais (60%). E ainda assim, o número é baixo. Os casamentos gays representam apenas 0,68% de todas as uniões formalizadas na região.
O Norte registra o menor índice de casamentos homossexuais. Foram apenas 209 uniões realizadas durante 2017. O número representa 0,25% de todas as 81.165 cerimônias feitas na região.
Dos 27 estados brasileiros, dezoito apresentaram redução no número de casamentos. Entre 2017 e 2016, o Ceará registrou uma queda de 10%. Por outro lado, o Amapá teve um aumento de 11,1% nas uniões.
Divórcio
Os dados do IBGE ainda revelam que os brasileiros permanecem menos tempo juntos e estão se divorciando com maior frequência. O tempo médio do casamento caiu de dezessete para catorze anos entre 2007 e 2017. Enquanto isso, a taxa de divórcio sofreu elevação de 2,48% em 2017 na comparação com o ano anterior.
Os casais separam-se mais no Sudeste, onde a taxa de divórcio é de 2,99%. A separação é menos comum na Região Nordeste (1,75%). Segundo o IBGE, a maioria dos divórcios acontece entre famílias com filhos menores de idade (45,8%).
A pesquisa também identificou alta no número de divórcios que acabam com a guarda compartilhada dos filhos. O índice foi de 7,5% para 20,9% entre 2014 e 2017.
Desde 1977, a Lei do Divórcio prevê o convívio equilibrado da criança com o pai e a mãe separados. Mas apenas em 2014 foi sancionada uma lei que passou a priorizar a guarda compartilhada, mesmo sem o acordo dos responsáveis.
Entretanto, ainda é mais comum que a guarda dos filhos menores acabe com a mulher: isso acontece em 69,4% dos casos. Em 2016, o porcentual era ainda maior, de 74,4%.
Na data do divórcio, os homens têm, em média, 43 anos, enquanto as mulheres têm 40 anos de idade.