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Carlos Kawall: Queda da Selic neste ano impactará PIB em até 0,3 ponto

Para economista, redução vai estimular a atividade econômica; reflexo maior será em setores que mais dependem de crédito e de juros

Por Alessandra Kianek Atualizado em 4 jun 2024, 15h11 - Publicado em 31 jul 2019, 21h30
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  • Uma queda constante da taxa básica de juros da economia brasileira até o final deste ano terá impacto no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), segundo projeções de Carlos Kawall, economista-chefe do Banco Safra e ex-secretário do Tesouro Nacional. “O corte da Selic vai estimular a economia. Podemos ter impacto no PIB de 0,2 ponto a 0,3 ponto percentual de crescimento a mais dependendo do tamanho da redução até o final do ano.” O cálculo leva em consideração cenários de queda, respectivamente, de 1 ponto ou de 1,5 ponto percentual até o final do ano na Selic, que estava em 6,5% ao ano. O impacto será sentido, na sua maior parte, no próximo ano.

    Nesta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, passando de 6,50% para 6% ao ano. É a primeira queda de juros em 16 meses. A última redução havia sido em março de 2018.

    O corte desta quarta-feira, segundo o economista, deve estimular setores que mais dependem de crédito e de juros, como o da construção civil, que precisa de financiamento imobiliário mais barato, o de bens duráveis, como indústria automotiva, e também o de infraestrutura, no sentido de financiamento de mais longo prazo. 

    De acordo com o ex-secretário do Tesouro Nacional, não vai ser a política monetária que vai salvar a crise brasileira. “A salvação está nas reformas. O regime de metas de inflação, entretanto, é feito de regras. Se tenho inflação abaixo da meta e muita ociosidade na economia, eu corto juros. Nesse momento, essa calibragem sugere espaço de queda da Selic de 1 ponto ou 1,5 ponto.”

    Hoje, segundo Kawall, a reforma da Previdência, que por definição busca postergar a aposentadoria, aumentando a poupança e reduzindo o gasto público, tem efeito contracionista. “Nesse cenário, uma taxa de juros mais baixa vem se contrapor a esse tipo de movimento, em um ambiente em que o risco macroeconômico é menor por estar se fazendo uma reforma que é estrutural e que visa garantir a sustentabilidade fiscal.” 

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    Entre as reformas consideradas prioritárias para o país, o ex-secretário do Tesouro destaca a tributária e as microeconômicas, que vão desde a regulamentação de concessões de setores como o de telecomunicações e o de saneamento, considerado fundamental para destravar o investimento privado no setor, à abertura do mercado de gás. 

    O economista projeta uma Selic a 5% ao ano no final de 2019, acima da média esperada pelos analistas ouvidos pelo Boletim Focus do Banco Central, que é de 5,5%. A economia brasileira deve crescer 0,8% neste ano, já considerando a medida de liberação dos saques do FGTS, de acordo com projeções do Banco Safra. No ano que vem, dado o ambiente mais favorável após a aprovação da reforma da Previdência, que deve implicar aumento de confiança, aliado a um apoio da política monetária, com juros mais baixos, o país deverá crescer cerca de 2%, segundo estimativa do banco.

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