O volume de recursos que os investidores depositaram na poupança em setembro somou 3,6 bilhões de reais, já descontados os saques, segundo informou o Banco Central nesta quinta-feira. O resultado foi o melhor para meses de setembro desde 2013, quando houve depósitos líquidos de 6,7 bilhões de reais. Este é o quinto mês consecutivo em que houve captação líquida.
Em setembro do ano passado, houve saques líquidos de 2,5 bilhões de reais e, em agosto de 2017, saldo líquido positivo em 2,1 bilhões de reais.
Nos anos de 2015 e 2016, a crise econômica havia acirrado os saques na poupança, com as famílias mais retirando do que colocando recursos na caderneta para fazer frente às despesas. O fenômeno voltou a ocorrer neste ano, mas apenas até abril.
De acordo com o BC, o total de aplicações na poupança no último mês foi de 172,607 bilhões de reais, enquanto os saques somaram 168,954 bilhões de reais. O estoque do investimento na poupança está em 694,011 bilhões de reais, já considerando os rendimentos de 3,358 bilhões de reais de setembro.
No acumulado de 2017 até setembro, a poupança registra saques líquidos de 4,1 bilhões de reais, resultado de aportes de 1,5 trilhão de reais e retiradas de 1,5 trilhão de reais. Em todo o ano passado, 40,7 bilhões de reais saíram da poupança a mais que os recursos que entraram.
Além da influência da crise econômica, a poupança vinha perdendo espaço, nos últimos anos, para outros investimentos, considerados mais atrativos. A remuneração da poupança era formada por uma taxa fixa de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) – esse cálculo valia para quando a Selic (a taxa básica de juros) estava acima de 8,5% ao ano. Como a Selic está atualmente em 8,25% ao ano, a remuneração da caderneta passou a ser formada pela TR mais 70% da Selic.
(Com Estadão Conteúdo)