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Caminhoneiros se dividem sobre greve após Petrobras mudar reajuste

Estatal anunciou o congelamento dos preços do diesel por períodos de 15 dias; Segundo o líder da categoria, medida não é suficiente

Por Da redação
Atualizado em 27 mar 2019, 10h04 - Publicado em 27 mar 2019, 09h28
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  • Em meio a uma especulação sobre uma nova paralisação dos caminhoneiros, a Petrobras anunciou na terça-feira o congelamento dos preços do diesel por períodos de 15 dias e a criação de um cartão que fixa preços para abastecimento em postos com bandeira BR. Apesar disso, o líder dos caminhoneiros, Wallace Costa Landim, conhecido como Chorão, disse que as medidas ainda não são suficientes para evitar uma greve da categoria. 

    Apesar de pessoalmente não apoiar o movimento, Landim afirma haver de 15 a 20 grupos de articulação pela paralisação no WhatsApp. Eles fogem ao controle de lideranças sindicais com as quais o governo tem conversado. 

    Segundo ele, a pressão parte, principalmente, de caminhoneiros de Minas Gerais. Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte estão entre os que já sinalizaram que não aprovam a carreata convocada para sábado, dia 30, para pressionar o governo e sim uma paralisação como feita em no fim de maio do ano passado. 

    A mudança na política de reajuste da Petrobras veio depois de uma reunião de lideranças da categoria com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, no último dia 15.  Apesar disso, Chorão afirma que a medida não é suficiente e a categoria reivindica estabilidade nos preços por pelo menos 30 dias. “A Petrobras teve lucro exorbitante. Não podemos pagar diesel em dólar.”

    Além da questão dos preços dos combustíveis, os caminhoneiros também negociam mais rigor na cobrança de fretes e construção das paradas para descanso.

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    Política de preços

    Em janeiro, após o fim do programa de subvenção ao preço do diesel, solução encontrada pelo governo Michel Temer para encerrar a paralisação do ano passado, a Petrobras anunciou que ia segurar o preço do diesel por prazos maiores, como já vinha fazendo com a gasolina desde outubro de 2018.

    Porém, com a alta dos preços internacionais do petróleo, o diesel nas refinarias já subiu 18,5% em 2019, na comparação com o último valor de 2018. Nas bombas, a alta é de 2,5%, o suficiente para alimentar a insatisfação dos caminhoneiros.

    Segundo Chorão, o fato de 90% da categoria ter apoiado a eleição de Bolsonaro merece resposta. “A Petrobras não responde 100% nossas reivindicações, mas demonstra que o governo busca mecanismos para nos atender”, disse. 

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    (Com Estadão Conteúdo)

     

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