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Café ficará mais caro e poderá pressionar a inflação

Técnicos do Planalto avaliam que o Brasil está com preços 'muito defasados', que não são mais capazes de cobrir os custos de produção

Por Da Redação
24 abr 2013, 14h01
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  • Os preços cobrados dos produtores estão congelados desde 2009. Mas, para o consumidor, houve alta de 11% no último ano

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    Depois de cortar os impostos federais para baixar o preço da cesta básica e ajudar no controle da inflação, o governo deve aplicar um forte reajuste no preço mínimo do café. Responsável por 35% da produção mundial, com aproximadamente 48 milhões de sacas de café por ano, o Brasil está com preços “muito defasados”, que não são mais capazes de cobrir os custos de produção, entendem os técnicos do governo Dilma Rousseff.

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    Com o objetivo de estimular um dos setores mais tradicionais da economia, o governo pode anunciar os novos preços mínimos na quinta-feira, após a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), que também deve aprovar novas condições de financiamento para o setor, cuja colheita da safra 2013/14 começa no mês que vem. Em estudo, estão reajustes de dois dígitos tanto para o café do tipo “arábica”, que representa quase 70% da produção total, quanto no tipo “robusta”. Os preços atuais estão congelados desde 2009.

    O grão arábica, por exemplo, está sendo negociado a cerca de 300 reais a saca no mercado, mas o preço mínimo está em 261,69 reais. Com o reajuste preparado pelo governo, essa saca passará a custar, no mínimo, entre 320 reais e 340 reais. Já o robusta deve ter preço mínimo elevado a 180 reais, dos atuais 156,57 reais.

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    Referência – Os preços mínimos balizam as compras públicas, feitas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e, com isso, também a negociação no mercado entre os cafezais e os compradores. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a presidente já deu sinal verde para a elevação do preço mínimo, mas o valor final ainda não havia sido fechado ontem. No Palácio do Planalto, a visão é que um reajuste forte neste ano evitaria o início de uma crise no setor, afetado pelos preços baixos.

    As consequências desses reajustes, no entanto, devem ser amargas para o consumidor. Ao forçar um aumento da saca do café, a medida de estímulo do governo deve pressionar o valor do cafezinho. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o café ao consumidor já acumula alta de 11,4% nos últimos 12 meses. Somente o cafezinho representou cerca de 0,07% do IPCA, termômetro oficial de inflação no país.

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    Crédito – Além do forte reajuste para a saca de café, outras medidas estão em estudo no governo federal. Os técnicos vão bater o martelo sobre o montante de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para o financiamento do custeio, colheita e comercialização do café, inclusive estocagem.

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    Os valores programados no Funcafé, que na safra atual somam 2,7 bilhões de reais, devem aumentar para 3,1 bilhões de reais no ano agrícola que começa em julho deste ano e termina em junho de 2014. Até dezembro do ano passado, o governo já havia liberado 2 bilhões de reais dos 2,7 bilhões de reais programados até junho deste ano.

    Outra mudança em análise no governo diz respeito à linha Financiamento para Aquisição de Café (FAC), destinada à compra da matéria-prima pelas cooperativas, torrefadoras e exportadores de café.

    Atualmente a FAC só financia a compra de café por valores acima do preço mínimo de garantia. A ideia do governo federal é retirar a restrição na compra, mas exigir que o produto seja vendido somente acima do preço mínimo.

    (Com Estadão Conteúdo)

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