Como resultado de uma política internacional errática, o governo de Jair Bolsonaro ficou de fora da reunião da cúpula do G7, que reúne as principais economias do mundo. A ausência do país foi notada durante o anúncio realizado pelo porta-voz do governo da Alemanha, Steffen Hebestreit. Indonésia, Senegal, África do Sul e Índia foram as nações convidadas a participar do encontro, que será realizado em junho deste ano.
O grupo, que envolve as economias mais poderosas do mundo, é formado por Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Itália, França, Japão e Canadá, além de uma representação da União Europeia, e convida nações em desenvolvimento para tratar sobre políticas construtivas ao mundo. No ano passado, o Brasil já havia ficado de fora da cúpula, que contou com a participação da África do Sul, Coreia do Sul, Índia e Austrália.
Antes disso, em 2019, durante o primeiro ano de governo de Jair Bolsonaro, o Brasil já havia ficado de fora da lista de convidados pelo presidente da França, Emmanuel Macron, governante do país-sede na ocasião. Ruanda e Senegal estavam na lista em detrimento ao país. Em 2020, por causa da pandemia, o evento foi cancelado – e era a única esperança de o país de participar do evento, já que os Estados Unidos, que sediaram a reunião do G7, eram governados por Donald Trump, com quem Bolsonaro mantinha boas relações.
O Brasil participou pela primeira vez da reunião em 2003, no primeiro ano de governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Depois, foi convidado em 2005, 2006 e 2008. O encontro de 2006, vale dizer, também foi na Alemanha, governada, na ocasião, pela ex-chanceler Angela Merkel. O Itamaraty ainda não se manifestou sobre a ausência do país.