Após Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Caixa Econômica Federal, foi a vez do Bradesco anunciar na noite de quinta-feira 30 o lançamento de seu Programa de Desligamento Voluntário (PDV). A medida será voltada para funcionários com mais de vinte anos de casa ou que estão próximos de se aposentar. Os empregados terão direito, entre outras contrapartidas, ao pagamento de 60% do salário fixo, em parcela única, por ano completo trabalhado. O limite máximo é de doze salários. Não foram divulgadas previsões de adesão ou de impacto financeiro.
Em comunicado ao mercado, o banco declarou que os objetivos do PDV são “contemplar aqueles funcionários que contribuíram significativamente” para a instituição e “otimizar e flexibilizar” sua estrutura de pessoal, em busca de produtividade.
O prazo para se inscrever no programa começa na segunda-feira 2 e vai até 16 de outubro. Poderão aderir os funcionários com mais de vinte anos de casa e aqueles que estão em condição de estabilidade, mas desejam deixar a instituição. Na rede de agências, estarão enquadrados apenas os aposentados ou que estão em condições de se aposentar.
Segundo o Bradesco, o programa dará direito ao pagamento, em parcela única, de 60% do salário fixo do mês referente a setembro de 2019, por ano completo trabalhado, limitado a doze salários. Além disso, os funcionários terão os planos de saúde e odontológicos mantidos por dezoito meses, e receberão um valor extra equivalente a seis meses de vale alimentação, tendo como base o mês de setembro de 2019.
Bancos fazem PDV
Nos meses recentes, outros três grandes bancos do país anunciaram PDVs. Em julho, O Banco do Brasil lançou seu programa, que já foi finalizado. Ao todo, segundo a instituição, 2.367 funcionários aderiram à medida.
No mesmo mês, o Itaú Unibanco também apresentou seu programa, cuja fase de adesão se encerra no sábado 31. Segundo o banco, 6.900 funcionários são elegíveis ao PDV.
Além disso, como mostrou VEJA, o BNDES também deve anunciar um PDV nas próximas semanas. O caso mais curioso, no entanto, é o da Caixa. O programa de demissão do banco público, aberto no fim de maio, havia conseguido a adesão de 3.500 funcionários. Apesar disso, a instituição pediu para adiar a demissão de cerca de 2.000, todos eles atendentes em agências, para responder à demanda dos saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de até 500 reais por conta, anunciados pelo governo — que começam em setembro.
(Com Estadão Conteúdo)