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Bolsonaro não quer privatizar o Banco do Brasil

Afirmação foi do presidente da instituição financeira, Rubem Novaes, que pregou ser, tanto ele como a equipe econômica, favorável à desestatização

Por Victor Irajá Atualizado em 4 jun 2024, 15h00 - Publicado em 29 jan 2020, 19h56
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  • O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, afirmou, nesta quarta-feira, 29, que, apesar da vontade da equipe econômica de privatizar a instituição, o presidente da República, Jair Bolsonaro, é contrário à entrega do banco para a iniciativa privada. “Nós da equipe econômica somos a favor, mas isso é decisão política. O presidente já falou que não pretende levar o assunto adiante”, disse.

    Ele afirmou ainda que, uma das principais razões para defender a privatização da instituição, envolve o temor de que os bancos públicos não consigam acompanhar o movimento das instituições privadas na digitalização de sua operação. Minutos antes, no mesmo evento, em São Paulo, Salim Mattar, o secretário de Desestatização, responsável pelo programa de privatizações do governo afirmou que Petrobras, Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal não serão vendidos.

    Mattar mostrou-se insatisfeito com as cobranças. “Estou explicando, não justificando: no ano passado, ficamos muito focados na reforma da Previdência e começamos a trabalhar forte apenas em agosto ou setembro”, queixou-se. “Todos os dias encontramos uma estatal diferente.”

    O trabalho, argumentou, é difícil. E é mesmo. Como ponderou o secretário, a Constituição veda a venda de estatais estratégicas. Por isso, segundo ele, há muito trabalho realizado nos bastidores que não são percebidos pela opinião pública. “Passo 80% do meu tempo desfazendo coisas de antigas gestões”, lamentou. “Nosso papel é remodelar o tamanho do Estado. Minha responsabilidade é tirar o estado da vida privada”.

    De acordo com dados apresentados por Mattar, o governo federal tinha participação em 698 empresas desde o início da gestão de Jair Bolsonaro. No total, segundo a secretaria, o Executivo conseguiu desfazer-se de 71 participações durante o ano passado e já reduziu sua participação em sete empresas em 2020, com resultados de 7,5 bilhões de reais nos cofres do governo, principalmente em empresas subsidiárias.

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