A bolsa brasileira se descolou do mercado exterior e fechou em alta de 1,4% nesta terça-feira, 30, a 116.849 pontos, índice que não era alcançado desde o dia 19 de fevereiro. O Índice Geral de Preços -Mercado (IGP-M) divulgado nesta manhã foi alto em março, a 2,94%, mas ainda assim surpreendeu positivamente o mercado, que esperava uma alta acima de 3%. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado na manhã, por sua vez, veio positivo, com uma abertura de 401.639 novas vagas de trabalho em fevereiro, o que animou as bolsas.
O cenário político doméstico trouxe otimismo aos investidores mesmo co as novas mudanças ocorridas nesta terça-feira, principalmente nas Forças Armadas, com a saída dos comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica. As trocas de nomes em ministérios, ocorrida na véspera, geraram esperança de que o novo cenário político configurado pode ser mais favorável às contas públicas e ao andamento da agenda liberal. “O mercado está vendo uma sinalização de uma aproximação do Planalto com o Congresso, abrindo espaço para correção do orçamento e até mesmo para um avanço das pautas de reformas e da agenda econômica”, diz João Freitas, analista da Toro Investimentos.
Na contramão do que ocorreu com o dólar nos mercados globais, por aqui a moeda americana foi influenciada por este otimismo e fechou em leve queda, de 0,10%, a 5,7613 reais, com o Banco Central auxiliando o real com a venda de 16 mil contratos em leilão de swap. Vale lembrar que esta baixa é ínfima, pois a moeda americana continua em patamares elevadíssimos em relação ao real, acumulando uma alta de 11% só neste ano.