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Bancos perdem R$ 35 bi com pressão para reduzir juros

Discussão sobre cortes nas taxas do cartão de crédito fez com que papéis do Banco do Brasil, Santander, Itaú e Bradesco caíssem ao longo da semana

Por Da Redação
29 set 2012, 11h32
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  • Os maiores bancos brasileiros perderam quase 35 bilhões de reais em valor de mercado na semana encerrada nesta sexta-feira, por causa de uma nova rodada de pressão do governo sobre as instituições. Entre segunda e quinta-feira, pesou a discussão para a redução dos juros do cartão de crédito. Na sexta-feira, foi a vez das tarifas cobradas de pessoas físicas e empresas.

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    Como vem ocorrendo desde o início do processo, o governo colocará os dois bancos que controla – Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – para tentar forçar os concorrentes privados a baixar as tarifas. O vice-presidente de finanças da Caixa, Marcio Percival, disse que a instituição anunciará queda de tarifas nos próximos dez dias. “Estamos finalizando os estudos que darão embasamento aos cortes”, afirmou. O BB seguirá o mesmo caminho, mas deve demorar um pouco mais para divulgar as mudanças. Nos privados, o assunto ainda está sendo estudado.

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    Em razão dessa expectativa entre os investidores, a ação que mais caiu nesta sexta-feira foi a do Banco do Brasil: 3,88%. Na semana, o recuo chegou a 6,4%. Os papéis do Santander caíram 2,95% na sexta-feira e 8,96% na semana. No Itaú, a desvalorização foi de 2,89% e 9%, respectivamente. O Bradesco apresentou baixa de 1,75% na sexta-feira e de 8,43% na semana.

    Além dos bancos, a ação da credenciadora Cielo foi castigada nesta sexta-feira: 7,34% de perda. Na semana, a desvalorização foi de quase 15%. O temor dos investidores é de que a empresa seja forçada a reduzir as taxas que cobra dos lojistas pelas �maquininhas� que fazem as transações com cartões de crédito e débito.

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    Tarifas – Levantamento da Austin Rating mostra que as receitas com tarifas cresceram, em média, 24% entre junho de 2011 e junho deste ano. Na Caixa, a alta foi de 93% – de R$ 567 milhões para mais de R$ 1,1 bilhão. Entre os privados, a maior expansão foi do Santander: 36,4%. A Caixa atribui o avanço ao aumento do número de clientes e de negócios.

    O Santander não comentou. Há um consenso no mercado que o futuro das instituições financeiras no País será menos brilhante do que nos últimos anos. A razão, explica o analista de bancos da Austin Rating, Luís Miguel Santacreu, está nas fontes de receita sob ataque. A primeira delas é a taxa de juros básica (Selic) nos níveis mais baixos da história. Como essa taxa baliza todas as outras, significa dizer que as receitas com empréstimos deverão cair. Além disso, o governo pressiona pela redução do spread bancário (diferença entre a taxa que os bancos pagam na captação e a que cobram nos empréstimos). Agora, a pressão chega a outras áreas, como tarifas e cartão de crédito. Os bancos, explica Santacreu, precisarão de tempo para se adaptar a esse cenário. Até que esse processo se complete, os bancos terão rentabilidade mais baixa que a dos últimos anos – o que se reflete nas ações.

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    (Com Agência Estado)

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