Como era esperado, o Banco Central Europeu manteve inalterada a política monetária nesta quinta-feira, 24, mas deixou a porta aberta para mais estímulos, já que a economia da zona do euro continua sofrendo com as consequências da turbulência global.
Com a decisão de hoje, a taxa de depósito do BCE, que atualmente é sua principal ferramenta de taxa de juros, segue na mínima recorde de -0,50%. A taxa principal de refinanciamento, que determina o custo do crédito na economia, permaneceu em 0%, enquanto a taxa de empréstimo de emergência para bancos continuou em 0,25%.
O BCE também confirmou que retomará seu programa de relaxamento quantitativo (QE, pela sigla em inglês), por meio do qual comprará 20 bilhões de euros em ativos mensalmente a partir de 1º novembro.
O novo QE será mantido “pelo tempo que for necessário para reforçar o impacto acomodatício das suas taxas de política” e terminará pouco tempo antes de o BCE “começar a elevar as taxas de juros”, destacou a instituição em comunicado.
O BCE também reafirmou que os juros seguirão nos níveis atuais ou menores até que a inflação da zona do euro convirja “de forma robusta” para sua meta oficial, que é de uma taxa ligeiramente abaixo de 2%. Dados de setembro mostraram recentemente que a inflação anual do bloco está muito abaixo desse patamar, em 0,8%, o menor nível desde novembro de 2016.
Na próxima semana, devem sair decisões sobre a taxa de juros americana, pelo Federal Reserve (FED) e da Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira.
(Com Reuters e Estadão Conteúdo)