Os bancários decidiram aderir à greve geral prevista para a sexta-feira, 14, contra o projeto de reforma da Previdência. A categoria junta-se às dos metroviários, ferroviários e motoristas de ônibus, que já tinham confirmado participação no movimento.
Em assembleias na noite da terça-feira 11, trabalhadores de bancos públicos e privados de São Paulo, Osasco e região e os empregados em estabelecimentos bancários e financiários do município do Rio de Janeiro decidiram aderir à greve. Trabalhadores do setor em outras partes do país também já manifestaram que devem participar do movimento. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que não vai se posicionar sobre o assunto.
Além dos bancários, metroviários, ferroviários, motoristas de ônibus, professores, entre outros, já votaram adesão à greve. Em São Paulo, o Metrô conseguiu na terça-feira 11 uma liminar para manter 100% do quadro de servidores nos horários de pico e 80% no restante. E a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) conseguiu liminar para manter 100% do quadro durante todo o horário de operação, de acordo com a Secretaria de Transportes Metropolitanos. “Essa é uma forma de tentar impedir que se realize a greve. Colocar parte do sistema em funcionamento é um grande risco”, disse o coordenador geral do Sindicato dos Metroviários, Wagner Fajardo.
Os motivos para a greve
A expectativa das principais centrais sindicais do país é de que as ruas fiquem vazias na sexta-feira. A reforma altera pontos importantes, como o fim da aposentadoria por tempo de contribuição, obrigatoriedade de idade mínima de 65 anos para homens e de 62 para mulheres, aumento do tempo mínimo de contribuição de quinze anos para vinte anos e acaba com o cálculo para chegar ao benefício baseado nos 80% dos maiores salários, entre outros.
A greve geral foi aprovada pelos trabalhadores no dia 1º de maio, em ato das centrais sindicais, no Vale do Anhangabaú. A orientação da CUT às confederações, federações e sindicatos filiados em todos os setores foi aprovar a adesão em suas bases, por meio de assembleias com trabalhadores. Há categorias que farão assembleias ainda nesta semana, mas, de acordo com a CUT, a maioria já aprovou a adesão e vai participar.