A Assembleia Geral Extraordinária de acionistas da CCR aprovou alteração do estatuto social da empresa, complementando o objeto social da companhia, para incluir a exploração de infraestrutura aeroportuária. Também aprovou a compra da participação acionária dos aeroportos internacionais do Equador, da Costa Rica e de Curaçao.
O valor definido para a aquisição dos ativos é de 214,5 milhões de dólares (Quito, no Equador – 140 milhões de dólares, com a participação de 45,5%; San José, na Costa Rica – 50 milhões de dólares, com a participação de 48,8%; e Curaçao – 24,5 milhões de dólares, com a participação de 40,8%). De acordo com o diretor financeiro e de RI da empresa, a companhia deverá fazer uma emissão de dívida para efetuar o pagamento. Os valores são inferiores à mediana da recomendação que consta no relatório do Comitê Independente, instituído pela companhia para analisar a possível aquisição dos ativos do setor aeroportuário pertencentes a seus acionistas controladores Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.
A CCR deve assumir em até dois meses a participação nos aeroportos internacionais. Segundo o presidente da companhia, Renato Vale, o contrato será assinado em 15 dias e, depois disso, o negócio passará por todas as aprovações necessárias.
Nesse momento, os ativos do setor aeroportuário serão administrados pela diretoria de novos negócios e em um período de três a quatro meses serão transferidos para a área de gestão de novos negócios. “Essa é uma evolução natural”, disse Vale.
O presidente da companhia afirmou que, com essa aquisição, que marcou a entrada da CCR no setor aeroportuário, a companhia irá começar a desenhar melhor o setor e analisar novas oportunidades.
Com o leilão de três aeroportos já anunciados – em Campinas, Guarulhos e Brasília – a empresa estuda sua participação em consórcio formado com a operadora internacional Zurich. A decisão será tomada até o dia 22 de janeiro. Para esses três leilões a CCR já possui um memorando de entendimentos com a Zurich. Caso ganhe alguma licitação, a empresa não planeja captação em bolsa de valores para os investimentos que serão necessários nos aeroportos. Para leilões no setor aeroportuário futuros, segundo o presidente da empresa, a CCR já poderá se encaixar como operadora internacional, devido às aquisições aprovadas nesta segunda.
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(Com Agência Estado)