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Após queda dos juros, dólar sobe 1,5% e vai a R$ 4,16

Ibovespa encerra o dia com pequena queda de 0,18%, fechando aos 104.339 pontos

Por da Redação
19 set 2019, 19h51
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  • dólar comercial subiu 1,5% nesta quinta-feira, 19, negociado, em média, a 4,16 reais para a venda – o maior nível de fechamento desde o dia 3 de setembro, data em que foi cotado a 4,18. A moeda americana teve forte alta em relação ao real após o Banco Central cortar a taxa básica de juros da economia, a Selic, e sinalizar uma nova redução adiante.

    A valorização do dólar teve como principal “driver” a fuga de capital estrangeiro, especialmente de fundos especulativos, em busca de melhor remuneração, após o BC cortar a taxa Selic, de acordo com relatório da equipe de análise da Correparti Corretora de Câmbio. “Estes fundos predadores foram a mercado comprar dólares para aportarem em outros países emergentes que têm melhor rentabilidade e um custo de hedge mais baixo como o México.”

    O Banco Central cortou na quarta-feira, 18, a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 5,50% ao ano, dando sequência ao ciclo de afrouxamento monetário em meio à débil recuperação econômica, num processo que deve seguir adiante, segundo sinalização do Comitê de Política Monetária (Copom).

    O corte nos juros brasileiros veio logo após diminuição dos juros nos Estados Unidos. O Federal Reserve, que é o banco central americano, reafirmou que a perspectiva econômica dos EUA é “favorável”, com o mercado de trabalho forte e a inflação provavelmente retornando à meta do Fed (2%).

    Já o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, encerrou o pregão desta quinta-feira com queda de 0,18%, fechando aos 104.339 pontos. Ares entusiasmados rondavam a bolsa paulista, um dia após o Banco Central cortar a taxa básica de juros para 5,5% ao ano, nova mínima histórica. Às 11h35, o Ibovespa subia 0,73%, a 105.297 pontos, próximo da máxima de fechamento de 105.817 pontos, registrada em 10 de julho. O recorde intradia é de 106.650 pontos, alcançado naquele mesmo pregão.

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    Estrategistas e gestores têm citado os juros mais baixos no país entre os motivos para a performance positiva das ações brasileira, tanto pelo efeito benigno nas despesas financeiras das empresas, o que ajuda nos lucros, como pela migração de investidores oriundos da renda fixa, atrás de maiores retornos.

    “Este cenário de juros predomina no momento frente ao cenário externo”, afirma o estrategista Felipe Sichel, da corretora modalmais. Sichel destacou que o corte da taxa de juros foi significativo e o comunicado surpreendeu, motivando ajustes para baixo na expectativa de Selic. “Isso impacta diretamente no ‘valuation’ dos papéis da bolsa.”

    (Com Reuters)

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