Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Ao vender participação na Marfrig, BNDES dá a largada na venda de ações

A empresa precificou em 10 reais sua oferta pública de ações primária e secundária, o que deve aumentar seu capital em aproximadamente 900 milhões de reais

Por Lucas Cunha 18 dez 2019, 16h06
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A oferta de ações da Marfrig movimentou 3 bilhões de reais, de acordo com comunicado enviado pela empresa na terça-feira, 17. Cerca de 70% dos recursos — 2,1 bilhões de reais — foram gerados com a venda de ações do BNDESPar, o braço financeiro do BNDES que investe diretamente em empresas no mercado de capitais. O capital remanesceste foi direcionado para o caixa da empresa. O negócio representou a primeira grande venda de ações do banco público no ano, algo que estava incomodando a equipe econômica do governo.

    Nos últimos dois anos, a Marfrig já experimentava uma leve queda da participação do governo como acionista da companhia. De acordo com levantamento feito pela consultoria Economatica, em 31 de dezembro de 2018, a empresa tinha 33,85% de presença da União como sócia, e, no dia 04 de dezembro de 2019, esse percentual recuou para 33,75%.

    Publicidade

    Além da venda dos papéis da BNDESPar, a Marfrig precificou em 10 reais sua oferta pública de ações primária e secundária, o que elevará seu capital em cerca de 900 milhões de reais. De acordo com a empresa, os recursos da oferta primária serão usados para pré-pagamento de dívidas. A companhia acumulou dívidas nos últimos anos com uma estratégia agressiva de aquisições. 

    Publicidade

    Participação do Estado em empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3)

    Em dezembro de 2018, o valor de mercado das dezessete empresas que têm a União como sócia somava cerca de 898 bilhões de reais, e a participação total do governo no capital dessas companhias era de 29,5%.

    Publicidade

    No dia 4 de dezembro, esse valor chegou a 1 trilhão de reais, mas, independentemente da valorização, o porcentual detido pelo governo foi de 30,1%, o que contraria as expectativas criadas com o discurso privatista da gestão Bolsonaro. Após a venda de ações feita pelo BNDES na terça-feira, tal porcentual diminuiu para 29,93%.

    Continua após a publicidade

    A influência estatal, inclusive, cresceu nessas empresas, como nos casos da Nord Brasil — onde passou de 51% (1,67 bilhão de reais) para 55,45% (4,08 bilhões de reais) — e da Suzano Papel e Celulose — onde foi de 6,86% (2,85 bilhões de reais) para 11,04% (5,8 bilhões).

    Publicidade

    Em outros casos, essa presença diminuiu, como como nos casos da Pebrobras — onde passou de 43,70% (1,38 trilhão de reais) para 42,57% (1,67 trilhão de reais) — e do Banco do Brasil — de onde recuou de 50,73% (65,6 bilhões de reais) para 50% (67,4 bilhões de reais).

    (Com Reuters)

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.