O Banco Central do Brasil, responsável pelo lançamento da nova nota de 200 reais, estudou retirar de circulação as notas de 100 reais. Em junho do ano passado, o Instituto Não Aceito Corrupção e outras entidades da sociedade civil se reuniram com a diretora de Administração do BC, Carolina Assis Barros, e propuseram a extinção da cédula de maior valor até então como uma medida efetiva para combater crimes financeiros.
Após o encontro, a diretoria enviou ao grupo uma reposta oficial afirmando “compartilhar com todas as entidades signatárias do oficio a preocupação com o combate à corrupção, à sonegação fiscal, à lavagem de dinheiro, à ocultação e evasão de divisas”.
O documento informa ainda que “Em relação especificamente à proposta de retirada de circulação das notas de R$ 100, gostaria de compartilhar que já há estudos em andamento neste Banco Central sobre essa possibilidade. Vamos considerar em nossa análise os argumentos trazidos em seu oficio”.
No mês passado, os partidos PSB, Podemos e Rede ingressaram com ação no Supremo Tribunal Federal para tentar barrar a emissão da nova nota. A Ministra Carmem Lúcia, relatora da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, solicitou informações para o Banco Central e não realizou nenhum outro ato no processo até o momento.
“A principal alegação do BC para o lançamento da nova nota é facilitar o pagamento do Auxílio Emergencial, concedido em função da pandemia de Covid-19. A nota só será necessária por três meses?”, indaga Roberto Livianu, presidente do Instituto Não Aceito Corrupção. “A medida vai contra a tendência mundial de retirar notas de alto valor de circulação e de aumentar a rastreabilidade das transações financeiras”, completa.